RP - GILBERTO - PARTE 7

GILBERTO

PARTE VII

DIA 26 DE DEZEMBRO – SEGUNDA

Mesmo com os pedidos de Leonardo e de Wagner para que os dois ficassem mais um dia na fazenda, Cláudio e Mônica não querem arriscar mais ficar em Casa Branca, correndo o risco de ver outra visita indesejada e resolvem voltar a São Paulo. Já na saída, Cláudio interpela o irmão:

- Não quero te amolar, mas... eu estou precisando daquele dinheiro que eu pedi pra você tirar da minha conta.

- Eu fiz ainda melhor, já coloquei no porta-malas do teu carro uma mala com todas as suas roupas que estavam na casa da Luís Gama e o seu talão de cheques. Você mesmo vai poder fazer isso.

Cláudio abraça o irmão.

- Obrigado. Desculpa a bronca de hoje cedo.

- Esquece. Eu já estou acostumado.

- Só queria te perguntar uma coisa...

- O quê?

- Você está namorando com a Linda? Pra valer digo.

- Acho que sim.

- Acha? Você transou com ela ontem pra ter certeza disso?

- Como... você sabe disso? - ele pergunta, surpreso.

- A Diana viu e me contou.

Wagner fica vermelho e muito constrangido.

- A Diana o quê?

- Toma cuidado da próxima vez. Você tem duas irmãs pequenas. Respeita as duas pelo menos. Isso não é uma bronca, é só um aviso.

- Eu vou matar a Diana...

- Não, não vai. Não foi culpa dela, foi sua. Assuma isso e só toma mais cuidado. E procura respeitar a Linda também. Ela parece uma garota muito legal. Não merece ser só um passa tempo seu. Nenhuma mulher merece.

- Recado dado e recebido. Fica sossegado. Eu vou ficar ligado.

- Tchau, irmão. Você volta a São Paulo quando?

- Talvez amanhã, agora que já tenho lugar certo pra ir. Fica mais fácil.

- E por que não vem logo com a gente?

- Porque... hoje não dá.

- Tudo bem. O endereço e o telefone estão na agenda do pai.

- Não... Estão na minha agora. Eu nunca mais vou me esquecer...

Cláudio sorri e coloca as mãos em seus ombros, encostando a testa na dele.

- É isso aí, garoto. Qualquer coisa me liga.

Wagner olha para Mônica, encostada no carro e a abraça.

- Tchau, comadre.

- Tchau, compadre. Obrigada por tudo. A gente fica esperando por você amanhã.

- Até...

Cláudio e Mônica entram no carro e partem.

Durante a volta para São Paulo, a estrada está congestionada e eles levam quase quatro horas para chegar em casa. Cláudio sente dores de cabeça muito fortes, mas resolve não preocupar Mônica com isso. Quando chegam em casa, sua fisionomia está tensa e angustiada pela dor e, ao saírem do carro, ela pergunta:

- Quer me dizer o que você tem? Você não está legal.

- Nada... É aquela dor de cabeça me enchendo de novo. Deve ter sido o trânsito. Eu não estou acostumado com isso. Não se preocupe. A Karen deve ter alguma coisa pra isso. Vai passar logo.

Ele abre o porta-malas do carro, pega a mala com suas roupas, tranca o carro e entram. Karen vem da cozinha quando ouve a porta se abrir e diz:

- Meu Deus, vocês demoraram! Pela hora que você disse que iam sair de lá, já deviam estar aqui há muito tempo. O que foi? A rodovia está congestionada, não é?

Ele beija Karen e vai se sentar no sofá.

- Fim de feriado é assim mesmo.

- Deviam ter dormido lá hoje e voltado amanhã.

- Não dava pra ficar mais, diz Mônica. – Karen, você tem alguma coisa pra dor de cabeça?

- Devo ter... por quê?

- O Cláudio está precisando...

Karen se senta ao lado dele e passa a mão por sua testa.

- Na cozinha deve ter, Mônica. Pergunte pra Lucila.

- Não precisa, Mônica, ele diz. - Eu vou tomar um banho e logo passa.

Mônica vai para a cozinha mesmo assim.

- E como está seu pai? - Karen quer saber.

- Está bem. Ele já está sendo medicado e logo vai estar tudo bem. E você?

- Preocupada com vocês. Eu imagino que o clima naquela cidade não deva estar muito favorável pra vocês. Como foi tudo? Viu alguém indesejado?

- Só a Tânia.

- Meu Deus! E como ela reagiu?

- Ela não está bem faz tempo e acho que não vai se conformar nunca, mas eu acho que não posso fazer muita coisa por ela, só ficar bem longe.

- É uma situação difícil mesmo pra todo mundo. Ela não viu Mônica, viu?

- Não, nem eu deixaria.

- Ela não pode ficar indo até lá. É muito arriscado.

- Tem toda razão, ele concorda.

RETORNO AO PARAÍSO – GILBERTO

PARTE 7

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

BONS PENSAMENTOS NOS ACOMPANHEM!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 25/05/2018
Código do texto: T6345904
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