RP - O CASAMENTO DE BETO LAGE - PARTE 16

O CASAMENTO DE BETO LAGE

PARTE XVI

A porta do quarto se abre e Wagner entra por ela. Cláudio abre um largo sorriso. Wagner se aproxima dele e segura sua mão. Os dois se abraçam.

- O que você está fazendo aqui deitado nessa cama, meu irmão?

- Nada que você tenha que se preocupar.

- Não me enrola. Fala sério. O que você teve?

- Nada, juro. Só estresse. Eu vou sair daqui ainda hoje...

- Eu quero saber por que você está aqui.

- O que é isso no seu rosto? - Cláudio desconversa, aproximando a mão da bandagem que Wagner tem na testa.

Wagner se afasta impedindo que ele o toque e coloca a mão sobre a atadura.

- Depois eu conto. Você não vai acreditar... ele diz com um sorriso sem graça.

- Então me espera lá embaixo. É só o tempo de eu me trocar, pegar a Mônica e eu já desço. Você está de carro?

- Não, vim de moto. Era mais rápido.

A enfermeira Sueli entra no quarto.

- O doutor Fabrício me pediu pra dizer que o senhor pode ir pra casa, mas pediu pra lembrar que quer vê-lo outra vez na semana que vem... ou quando o senhor precisar.

- Obrigado, Sueli. Você pode me dizer em que quarto minha mulher está?

- No apartamento ao lado com dona Karen e a dona Lucila.

- Obrigado.

Sueli sai. Cláudio se desliga dos tubos que o conectam aos aparelhos e desce da cama, indo até a porta do banheiro, volta-se e pede:

- Wagner, espera lá embaixo que a gente já desce.

Ele entra no banheiro. Wagner olha para Miguel, parado e quieto ali do lado e o cumprimenta.

- Oi, Miguel. Tudo bem?

- Tudo... e você?

- Não sei bem... enquanto esse cara não disser o que está fazendo aqui... Você pode me dizer?

- Acho que não... Essa conversa é com ele. Não dá pra eu me meter, Wagner, desculpe...

- Então... é coisa séria.

- Eu não disse isso...

- A tua cara diz.

- Eu estou sem dormir direito há dois dias.

- Você já voltou a trabalhar?

- Mais ou menos... Eu estive acompanhando o caso do Cláudio.

- Me diz só o que é... já que é... um caso. Que caso?

Miguel passa as mãos pelo rosto e pelos cabelos e se aproxima dele.

- Eu preciso ir... Ele vai conversar com você. Foi um prazer te ver... Tchau...

Miguel passa por ele e sai do quarto. Wagner fica sem saber o que pensar, mas faz o que o irmão pediu. Sai também do quarto e desce para esperar por ele na entrada do hospital. Não deve haver nada tão grave ou Cláudio não estaria tão tranquilo. Ele sabe que o irmão nunca foi muito bom em dissimular situações difíceis.

Quando Cláudio desce com Mônica, Karen e Lucila, todos vão juntos para a casa do Alto da Lapa.

Logo que chegam em casa, Cláudio pede que todos se sentem, pois ele quer ter uma conversa séria sobre tudo que aconteceu e está acontecendo com ele. Mônica senta a seu lado com as mãos entre as dele.

- Eu preciso que todos me ouçam com muita atenção porque o que eu vou dizer é muito sério e muito definitivo. Eu não quero mais discutir sobre isso depois do que eu falar agora. O assunto se esgota quando eu terminar de falar.

- Não enrola, Cláudio, diz Wagner. – Desembucha logo. O que você teve pra ir parar num quarto de hospital?

- Eu não estou enrolando ninguém, Wagner. Eu... tenho tido dores de cabeça muito fortes que já me fizeram desmaiar duas vezes... Na primeira vez... o doutor Valter fez uma tomografia em mim sem eu saber e quando fomos ver o resultado desse exame... descobriram que há um tumor de mais ou menos meio centímetro de diâmetro no centro da minha cabeça.

Wagner se assusta. Lucila também.

- O quê!? Tumor?

- Espera eu terminar, meu irmão...

O rapaz se cala.

- Dessa última vez... as dores estavam tão insuportáveis que eu... apaguei. Me colocaram em coma induzido e... o Valter e o Fabrício ficaram monitorando tudo o tempo todo. Em resumo é isso: eu tenho um tumor na cabeça...

- Meu Deus... Lucila sussurra.

RETORNO AO PARAÍSO – O CASAMENTO DE BETO LAGE

PARTE 16

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 13/06/2018
Código do texto: T6362894
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