RP - O CASAMENTO DE BETO LAGE - PARTE 30

O CASAMENTO DE BETO LAGE

PARTE XXX

Cláudio olha desconfiado para o irmão, não acreditando muito na estória.

- A Linda ainda está na fazenda? - ele pergunta.

- Não... ela... voltou pra Londres.

- Sozinha?

- É... Aconteceu muita coisa depois que eu saí daqui, antes, durante e... depois do casamento do Beto. A gente meio que... brigou e...

- Esse maluco foi atrás da garota em Londres, diz Leonardo, olhando para o filho com cara de poucos amigos.

- Foi atrás... da Linda... em Londres!? Como assim?

- Foi uma coisa maluca que eu fiz no dia do casamento do Beto. Já passou. Está tudo bem agora. Eu já fiz as pazes com ela e a gente... vai se casar...

- Casar? - Cláudio e Mônica perguntam juntos.

Leonardo balança a cabeça, reprovando.

- Você vai se casar com a Linda? - Mônica pergunta, sorrindo. – Em que ano?

- Mais cedo do que você imagina, cunhadinha. Eu gosto dela de verdade e quando a gente tiver concluído a missão de levar dona Lucila pro Salomão, eu pretendo volta a Londres e trazê-la de volta pro Brasil e me casar com ela aqui ou lá mesmo... Ela vai decidir.

- Eu não acredito nisso, diz Cláudio.

- Nem eu... concorda Leonardo.

- É questão de esperar pra ver. Até o final do ano, eu estou casado.

- A Diana tinha razão então, diz Mônica.

Wagner não entende porque ela diz aquilo.

- A Diana? Por quê?

- Acho melhor irmos embora logo, diz Cláudio, para mudar de assunto. - Como a gente vai se dividir nos carros?

- Eu vou na moto. Quer ir comigo, Mônica? - Wagner pergunta, simplesmente para provocar Cláudio.

- Ficou maluco? - ele bronqueia, zangado.

Wagner ri e Mônica sorri com ele.

- Você não viu essa maluquinha na minha garupa depois que fugiu de casa, antes de vir pra cá. Eu levei as duas e mais a mochila dela, atrás da minha máquina e tudo correu muito bem. Melhor do que no seu carro, maninho.

- Você definitivamente não regula bem, Wagner. Você tem ideia do risco que ela correu? Levar uma mulher grávida na garupa de uma moto?

- Foi ideia minha, amor, diz Mônica, segurando a mão de Cláudio. – Ele não sabia que eu tinha fugido de casa e liguei pra ele me encontrar na frente do colégio e ele foi até a cidade com a moto, por ser mais rápido. Eu estava desesperada. Eu queria sair da cidade de qualquer maneira e o jeito foi irmos na moto mesmo. Deu tudo certo. Eu estou aqui agora... com você.

Cláudio balança a cabeça, abominando aquela atitude. Wagner sorri gozador.

- Você vai comigo no carro, com a dona Lucila. O espertinho aí vai na moto dele e o pai na caminhonete.

- Divisão decidida, pé na estrada, diz Wagner, jogando a chave da moto para o ar e a apanhando de novo, beijando Karen no rosto e saindo da casa em seguida, gritando. – Bye, Karen. I love you!

- Love you too, dear, ela diz, sorrindo.

- Você não quer ligar pra fazenda e avisar que a gente está indo, pai? - sugere Cláudio. – Seria bom que a Magda ficasse preparada pra nossa chegada.

- Boa ideia. Vou ligar pra ela, diz ele, indo para junto do telefone.

Lucila se levanta e pergunta em voz baixa a Cláudio, tocando seu braço:

- Magda... é sua madrasta?

- É, mas não se preocupe, ee diz, colocando a mão sobre a dela. - Ela é a pessoa mais doce e do bem que existe.

- Ela já sabe que eu existo?

- Sabe, só acho que não sabe que você vai pra lá, mas meu pai se encarrega de dizer a ela de um jeito que ela compreenda. Você só vai rever seu pai. Não é ameaça pra ninguém.

Lucila exala um longo suspiro e sorri sem jeito. Cláudio segura sua mão.

- Fique tranquila. Vai dar tudo certo.

Ela se afasta dele e vai se despedir de Karen.

- Boa viagem, Karen diz.

- Me perdoe por tudo, senhora. Nunca quis magoá-la. Eu lhe tenho muito carinho, a senhora sabe disso.

- Vá em paz, Lucila. E se alguma coisa não der certo e você quiser voltar, essa casa agora é mais sua do que minha. É do seu filho. Vá em paz.

As duas se abraçam longamente. Mônica também beija Karen.

- Se cuida, mocinha. Toma conta dessa menininha. Ela é minha neta postiça. Faça uma boa viagem.

Karen aproxima o rosto do ouvido de Mônica e sussurra:

- E traga meu filho de volta... saudável de novo, se possível.

Mônica sente vontade de chorar, mas engole o nó em sua garganta e beija o rosto dela, respondendo:

- Ninguém quer isso mais do que eu... Tchau, senhora Johnson.

- Vai com Deus, meu amor.

Mônica sai da casa com Lucila. Cláudio olha para Karen. Ela faz o mesmo e lhe estende a mão. Ele se aproxima e a abraça forte.

- Você promete que volta? - ela pergunta.

Ele não responde. Apenas beija sua testa e se afasta dela.

- Cláudio...

- Eu não quero prometer mais nada pra ninguém... ele diz, com os olhos já molhados. – Fica com Deus, Karen. Tchau... Eu te amo...

- Também te amo, filho... muito...

RETORNO AO PARAÍSO – O CASAMENTO DE BETO LAGE

PARTE 30

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOA TARDE!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 18/06/2018
Código do texto: T6367538
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.