RP - RETORNO... - PARTE 13

RETORNO...

PARTE XIII

Cláudio coloca as malas de Lucila dentro da casa e aproveita para olhar tudo lá dentro.

- Tem certeza de que foi a Diana que arrumou tudo isso?

- Sozinha... Eu não tenho muito jeito com essas coisas.

- É... A garota virou gente mesmo afinal de contas, ele diz, sorrindo orgulhoso.

Ele pega a mão de Mônica e se despede:

- Boa noite pra vocês dois. E fiquem sabendo: qualquer coisa que os dois precisem, avisem a qualquer peão da fazenda ou ao Chico e meu pai e a Magda providenciam.

- Você acha que vai ficar muito tempo aqui, filho?

- Não sei, mãe... Eu não queria, mas... Não sei.

Ela se ergue e o abraça forte.

- Deus vai te abençoar e você vai ficar bom. Ele não pode me tirar você, agora que eu te encontrei. Não é justo.

Cláudio não consegue dizer nada. Lucila beija sua testa e o rosto de Mônica e eles vão para o carro.

No caminho da casa grande, Cláudio vai silencioso. Mônica coloca a mão sobre sua perna e pergunta:

- Você está bem?

- Estou... ele responde, colocando sua mão sobre a dela.

- Está pensando em quê?

- Eu devo ter nascido naquela casa...

Mônica sorri e completa:

- Pelas mãos do Salomão... Isso chega a ser uma benção, amor.

Ele fica em silêncio. Mônica beija seu rosto, docemente.

- Como... Como é difícil... e fácil a vida...

- Não entendi...

- Por que a gente tem que ficar anos distante de pessoas que a gente ama, por conta de algum erro cometido... se depois fica tão fácil ser perdoado quando as pessoas se reencontram e não podem mais ficar longe umas das outras. Por que a gente não pode perdoar de vez, logo que acontece o erro? Poderia evitar tanto sofrimento...

- É um pensamento lindo... mas, como você mesmo disse: a vida tem que ser difícil primeiro... pra depois ficar fácil. Nós a fazemos difícil...

- Será que seu pai vai esperar vinte, trinta anos... pra perdoar nós dois? Será que eu vou ter que... morrer primeiro pra acontecer isso? Eu não quero ser perdoado depois de morto.

- Para esse carro! - ela manda com energia.

- O quê?

- Para o carro, Cláudio!

Ele para e olha para ela, preocupado.

- O que foi? Está sentindo alguma coisa?

Ela o beija com paixão e o beijo se prolonga quando ele começa a corresponder a ele, sem entender, mas sentindo a urgência por trás daquilo. Quando se afastam um do outro, ofegantes, ela manda.

- Nunca mais diga isso, ouviu? Você não vai morrer! Eu te proíbo, Cláudio Valle! Você vai se curar e criar nossa filha comigo. Você me prometeu. Não ouse não cumprir essa promessa.

Ele a beija novamente e a abraça longamente.

- Quem é você e... o que fez com a minha Mônica?

- Eu sou a mulher que te ama e a mãe da sua filha... Não me deixa, Cláudio... Não me deixa...

Ele fecha os olhos e acaricia seus cabelos.

- A gente está cansado demais pra ficar aqui no meio do mato, discutindo. Vamos pra casa logo?

- Vamos... ela diz, acariciando o rosto dele.

Ele a olha nos olhos e a beija novamente, com doçura. Depois, afasta-se dela e coloca o carro em movimento, segurando sua mão.

Ao chegarem à casa grande, Magda está esperando por eles na varanda. Os dois descem do carro e Cláudio se apressa para abraçar a madrasta. Ela não consegue dizer nada, muito menos ele. Só quando se afastam, ela consegue dizer alguma coisa.

- Você voltou pra nós...

- Pois é... ele diz com um sorriso triste. – Tem alguma coisa pra comer? Eu estou morrendo de fome.

Magda consegue rir e beija seu rosto.

- Tem sim, filho.

Ainda segurando a mão dele, Magda se volta para Mônica e a abraça também.

- Minha linda... Como estão minhas bonequinhas?

- Tudo bem. Como vai, dona Magda? É bom estar de volta...

- Vamos entrar logo. Seu pai está esperando lá dentro pra jantar junto com vocês e o Wagner.

- Meu irmão chegou bem? - Cláudio pergunta.

- Chegou bem antes de vocês.

- Que bom! Quando chegamos ao Argênzio, ele saiu correndo com aquela moto que parecia querer chegar aqui ontem. Parecia um doido.

- Ele veio antes pra conversar comigo...

- Eu imaginei isso...

Diana sai correndo de dentro da casa e se joga nos braços do irmão, abraçando-se com ele.

RETORNO AO PARAÍSO – RETORNO...

PARTE 13

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOA TARDE!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 23/06/2018
Código do texto: T6371791
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