RP - MARIA CECÍLIA - PARTE 6

MARIA CECÍLIA

PARTE VI

Magda se assusta e coloca a mão sobre a testa de Cláudio, sentindo-a muito quente.

- Você está ardendo em febre, Cláudio.

- Ela foi falar com o pai... Alguém tem que ir até Casa Branca atrás dela...

- Eu vou pedir pra alguém fazer isso, mas primeiro a gente tem que cuidar de você. Se acalme, por favor...

- Eu estou calmo.

- Eu vou chamar seu pai...

- Não! - ele diz, erguendo-se de novo. – Não conta nada pro meu pai sobre isso, por favor...

- Mas, filho...

- Por favor, Magda.

- E o que eu digo a ele, se ele quiser subir e falar com você? Ele se trancou na biblioteca, muito nervoso, mas acho que não se contentou só com o que você disse lá embaixo.

- Você vai sair do quarto... e eu vou trancar a porta por dentro. Você vai descer e agir como se não houvesse nada. Se ele quiser subir e perguntar... por que a porta está trancada, você diz que... que eu estou muito zangado e que não quero falar com ele... nem com ninguém.

- Você acha que ele vai acreditar nisso, Cláudio? Você nunca fez isso.

- Tudo tem sua primeira vez, ele diz, sorrindo.

- Posso fazer um chá pra ver se essa febre e a dor se acalmam? Você sabe se uma tem relação com a outra ou com... a doença?

- Talvez... mas eu não tenho certeza. Minha imunidade deve estar baixa, mas a dor já vai passar. Pode falar a palavra Magda. Eu tenho câncer. Não adianta mais ficar escondendo nem colocando panos quentes. Ele está aqui comigo. Eu só não quero... dar muita atenção a ele. Eu ainda vou brigar muito com ele... pra ver minha filha... nos meus braços. Disso ele não vai me privar.

- Então por que você não se interna logo no Santa Mônica, filho?

- Você vai entender porque... quando a Mônica voltar...

Cláudio volta a se deitar e esconde o rosto no travesseiro.

- Manda alguém atrás dela, por favor... ele diz.

- Eu vou fazer isso e vou pedir pra Matilde fazer o chá pra você.

- Tranca a porta depois que sair e joga a chave por baixo dela...

Magda não concorda muito com aquele pedido, mas obedece... Desce chorando e, no meio da escada, procura enxugar as lágrimas para não assustar ninguém, principalmente as filhas se por acaso cruzar com elas. Vai até a casa de Lopes e pede para que ele vá atrás de Mônica, explicando toda a situação. Leonardo sai da casa e, da porta da sala, escondido, ouve a mulher conversar com o administrador. Depois que Lopes se afasta na caminhonete, ele se aproxima de Magda. Ela olha para ele surpresa.

- Leonardo...

- O que foi que houve? Por que você mandou o Lopes na cidade?

- Ele foi atrás da Mônica pra mim. Eu tenho medo que alguma coisa aconteça com ela.

- O que pode acontecer com ela? Ela deve ter ido fazer o que eu devia fazer. Procurar o tratamento pro meu filho. Como ela é filha do dono do hospital... talvez seja até mais fácil.

- Será...? - ela diz, olhando para a estrada, depois passa por ele e entra na casa.

Leonardo respira fundo e olha para o céu.

- Protege meu filho, meu Deus.

Na cidade, Mônica não consegue dirigir por muito tempo depois de sair do hospital. As lágrimas turvam sua visão e ela acha melhor parar o carro na frente da matriz, para se recompor, temendo pela segurança da filha. Olha para a igreja e resolve entrar nela. Fica lá dentro por cinco minutos e sai de novo pela porta lateral. Quando vai dar a volta na igreja para chegar ao carro, vê Miguel perto dele, com Valter. Corre até eles. Ao vê-la, Miguel se surpreende. Mônica o abraça, aliviada.

- Baixinha, o que você está fazendo aqui? Cadê o Cláudio?

- Na fazenda... ela responde, quase sem fôlego.

- Calma, garota. Está tudo bem, ele diz, acariciando seus cabelos.

- Acho melhor levá-la pra sentar em algum lugar, sugere Valter.

Miguel leva Mônica até seu carro e, abrindo a porta do motorista, ele a faz sentar-se no banco.

RETORNO AO PARAÍSO – MARIA CECÍLIA

PARTE 6

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOA TARDE!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 26/06/2018
Código do texto: T6374311
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.