RP - MORRE UM ANJO...- PARTE 11

MORRE UM ANJO...

PARTE XI

- O Leonardo não queria de jeito nenhum que as nossas meninas dormissem longe da gente, diz Magda. - A Diana dormiu no nosso quarto até os sete anos e acho que a Elis vai pelo mesmo caminho. Aliás... a gente só conseguiu fazer a Elis depois que a Diana mudou pro quarto atual dela.

Os três riem.

- Quem sabe quando ela fizer sete, vocês possam providenciar um menino... diz Cláudio.

- Não, agora quem não quer mais sou eu. Quatro estrelas já estão de bom tamanho.

Eles riem novamente.

- Agora eu só quero curtir essa minha netinha postiça que está chegando, ela diz, acariciando a barriga de Mônica.

- Obrigado, de novo, Magda. Você é um anjo.

- Ainda falta muita coisa aqui. Mas eu vou deixar que a Mônica termine e veja o que ela quer fazer. Eu pensei em colocar um trocador aqui, uma banheira, o mosquiteiro... Um abajur...

- Mas pode deixar que tudo isso eu providencio, diz Mônica. – A senhora já fez muito.

- Bom, eu vou tomar meu banho logo, diz Cláudio. - Quero ligar pro meu irmão.

- Faça isso, filho. Eu estou com vontade de falar com ele também.

Ele sai do quarto. Mônica aproxima-se do berço e desliza a mão pela madeira cor-de-canela, pensativa.

- Está tudo bem, filha?

- Está...

- Você ficou pensativa de repente.

Mônica respira fundo e sorri.

- Estou imaginando a Maria Cecília aqui dentro. Você não imagina como eu espero por isso. E espero que... o pai dela consiga vê-la também.

Ela começa a chorar. Magda se aproxima dela e a abraça.

- Ô, filha... Não pense nisso. Tudo vai ficar bem. Tenha fé. Ele vai melhorar. Ainda mais que seu pai se acalmou em relação a vocês dois. Isso vai ser de grande ajuda. Você vai ver.

Mônica enxuga o rosto e sorri.

Depois do banho, Cláudio desce e vai direto ao telefone, ligar para Wagner. Mônica e Magda vêm da cozinha, ansiosas para saber novidades do rapaz.

O telefone começa a tocar em Londres e há uma pequena demora, mas logo alguém vem atender. A voz de um homem atende, mas não é Wagner.

- (Mansão Russel, pois não?).

É Julian quem atende com sua voz grave e tranquila.

- (Boa tarde, aqui é do Brasil. Eu gostaria de falar com Wagner Valle. Aqui é Cláudio Valle, o irmão dele.).

- (Espere um momento, por favor.)

Outra pausa e ele ouve a voz de Wagner.

- Oi, Cláudio...

- Que voz é essa? Liguei numa má hora?

- Não, estou feliz em falar com você. Você já está em casa, na fazenda, quero dizer?

- Estou, eu vou ficar aqui por enquanto...

- Decisão sua ou do papai?

- Minha.

- Ele te forçou, foi?

- Não foi nada disso. Eu não quero mais que vocês briguem por minha causa. Quando você voltar eu quero ver vocês dois fazendo as pazes e isso tem que acabar.

- Você vai ficar pra sempre com a gente?

Cláudio faz um pequeno silêncio e responde:

- Nada é pra sempre, cara. Eu vou ficar até a Maria Cecília nascer. Depois... – ele segura a mão de Mônica que está a seu lado – ... a Mônica decide o que quer fazer, se volta pra São Paulo, se fica aqui...

- A cunhadinha tem a cabeça no lugar. Vai decidir o que é melhor pra você. A prova está na decisão dela de te levar pro Santa Mônica. Seu sogro até fez uma trégua.

Cláudio sorri para Mônica e aperta a mão dela.

- Meu sogro... Nada está definitivamente tranquilo ainda. Acho que muita água vai rolar por baixo dessa ponte, mas eu não liguei pra você pra falar de mim. Eu quero saber quando você volta com a Linda. Está todo mundo esperando por isso.

Wagner fica em silêncio e passa a mão pelo rosto, começando a chorar silenciosamente. O silêncio dele preocupa Cláudio e ele chega a sentir a tensão do outro lado.

RETORNO AO PARAÍSO – MORRE UM ANJO...

PARTE 11

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!