RP - MORRE UM ANJO...- PARTE 13

MORRE UM ANJO...

PARTE XIII

Depois de almoçar, Mônica resolve ir visitar o filho de Lopes em sua casa e Cláudio vai procurar pelo pai no pasto, montado em Diamante. Encontra Leonardo consertando a cerca com Lopes e mais dois peões. Cláudio apeia do cavalo e se aproxima.

- Oi, pai.

- Oi, filho, o velho fazendeiro diz, sorrindo. - Você não disse que vinha. Está tudo bem?

- O que aconteceu aí?

- Ah, nada demais. A cerca estava meio capenga. O arame desgastou com a chuva e o sol e eu achei melhor mudar logo antes que quebre de vez e as vacas consigam sair por ela.

- Quer ajuda?

- Claro que não... Seu turno de trabalho ainda não começa hoje, peão. Só na semana que vem.

Lopes sorri, enxuga a testa e pergunta:

- É verdade que o senhor vai trabalhar com a gente, doutor?

- Se o patrão aí deixar...

- Estou pensando se aceito. Não sei se ele dá conta. O que você acha, Lopes? Contrato ele enquanto o Chico está doente pra cuidar do jardim como o avô dele?

Lopes ri.

- Não sei, patrão. Eu conheço os dotes dele como parteiro e médico de criança, mas como jardineiro... não sei dizer. Mas, se há dez anos ele dava conta com as vacas, por que não daria agora?

- Boa, Lopes, diz Cláudio. - Obrigado pelo voto de confiança. Adoro flores, mas não acho que daria certo como jardineiro.

- Não sei nem por que eu perguntei, diz Leonardo. - O homem tem um filho com seu nome, que resposta eu podia esperar?

Cláudio e Lopes riem. Leonardo termina de amarrar o arame em volta das madeiras que Lopes segura e enxuga a testa.

- Pronto. Dá pra aguentar por mais uns três meses. Depois a gente arranja outro reforço.

Leonardo pede que um dos empregados leve os restos de material que sobrou para a fazenda e Lopes diz:

- A Carolina está esperando a sua visita lá em casa, doutor. Sua e da Mônica.

- Ela já foi pra lá, Lopes. Deve estar lá agora. Quando a gente voltar, eu vou buscá-la e vejo meu xará. Também estou curioso pra vê-lo.

- Vai ser um prazer ter o senhor na minha casa de novo. Agora vou recolher o gado. Com licença, doutor.

Lopes sobe em Apache e se afasta.

- Você não vai ajudá-lo? - ele pergunta ao pai.

Leonardo olha para ele desconfiado.

- Você ligou pro seu irmão?

- Liguei, mas a gente pode conversar sobre isso recolhendo as vacas. Assim fazemos duas coisas ao mesmo tempo.

- Cláudio...

Ele sobe em Diamante e não espera a reclamação do pai. Vai atrás de Lopes.

Pai e filho ficam tão distraídos com o trabalho de recolher as vacas que não conseguem nem conversar. Quando terminam de colocar o gado no cercado, Lopes diz, sorrindo:

- Gostei desse peão, patrão. Se o senhor não contratar, eu peço demissão. A gente precisa de ajuda aqui.

Cláudio ri. Leonardo balança a cabeça, mas, intimamente, está feliz por ter o filho fazendo coisas que sempre fazia com ele, no passado, matando as saudades. No caminho de volta para a fazenda, Lopes segue na frente.

- Espero pelo senhor em casa, doutor.

- Daqui a pouco estou lá.

Lopes se afasta. Leonardo tira o chapéu da cabeça e coloca na cabeça do filho.

RETORNO AO PARAÍSO – MORRE UM ANJO...

PARTE 13

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 07/07/2018
Reeditado em 07/07/2018
Código do texto: T6383556
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