MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS) - PARTE 34

MI – UMA GAROTA MUITO ESPECIAL

PARTE XXXIV

Quando o almoço fica pronto, Magda vai até a varanda para pedir a Chico que vá avisar Wagner. Nesse momento, ela vê o carro de Diana chegar e estacionar na frente da casa. A moça sai do carro e beija a mãe.

- Oi, mãe. O que foi? O que você está fazendo aqui fora?

- Procurando o Chico. Preciso que ele vá avisar o Wagner que o almoço está pronto.

- Quer que eu vá? Onde ele está? No pasto?

- Na represa...

- Na represa? O Wagner? Fazendo o que em horário de trabalho?

- Nem te conto, filha. Você quer ir atrás dele, vá, assim você fica sabendo por ele mesmo.

Diana fica intrigada com o que a mãe fala e vai ela mesma até a represa atrás do irmão.

Ao chegar lá, já ouve os gritos dos meninos se divertindo na água com Maria Cecília, e Wagner sentado no chão na margem assistindo a toda a folia, com um sorriso enorme no rosto.

A moça se senta também ao lado dele e ao vê-la, Wagner diz:

- Oi, maninha!

- Oi, ela diz, beijando seu rosto e olhando para as crianças na água.

- Pode me explicar o que está acontecendo? O pai já sabe que você está aqui fazendo nada na beira da represa, em vez de estar cuidando das vacas dele?

- Já deve saber... se ele conseguiu sair do marasmo em que se meteu desde que nosso irmão se foi. Quem sabe ele não acorda agora, quando souber que eu tenho um filho.

- Filho? Que filho?

- Você conhece esses três garotos?

- Conheço o Silas e o Francisco. Eles moram na cidade e vêm de vez em quando aqui, mas o outro... nunca vi não.

Wagner não diz mais nada, apenas sorri e espera que ela tire suas próprias conclusões. Diana fica boquiaberta e se levanta para ver o garoto mais de perto.

- Aquele garoto... é seu filho?

Ele afirma balançando a cabeça, sorrindo maroto.

- Não me diga... que foi resultado daquela festinha em outubro de 77...

- Não... Naquela festinha eu estava tão bêbado que só consegui dormir no colo da Mônica. Ele foi feito bem aqui mesmo em dezembro daquele mesmo ano...

Diana se volta para ele e pergunta:

- Aqui? Aqui onde?

Wagner joga o corpo para trás, apoiando-se nos braços, ainda olhando para os meninos.

- Eu e a mãe dele transamos aqui na beira da represa há doze anos... e concebemos ele.

Ela demora o olhar sobre o menino e coloca as mãos na cintura, sorrindo.

- Não acredito!

Maria Cecília percebe o que a tia está olhando e sorri, acenando para ela. Diana grita:

- Tem alguém com fome aqui?!

- Eu! - gritam todos, erguendo as mãos.

André olha para ela e pergunta para Maria Cecília, com quem já tinha feito amizade:

- Quem é ela?

- Nossa tia.

- Ela é bonita...

André sai da água e se aproxima deles, junto com os outros meninos e se senta no chão com eles, ao lado de Wagner.

- Já deu por hoje? - ele pergunta. – Estão satisfeitos?

- Foi bem legal, diz Silas. – Quando a gente volta?

- Calma, garoto. Um dia de cada vez. Vamos almoçar que a dona Magda não gosta de ficar esperando. Silas, Francisco, vocês já sabem o caminho. Vão indo pra casa. Já sabem todo o trâmite. Nada de pés molhados dentro da casa, se enxuguem nas toalhas na varanda, e sem bagunça no banheiro.

Os meninos correm na frente, mas André fica ainda ao lado de Wagner.

- Você não vai com eles?

- Só queria dizer que... mesmo que minha mãe não goste de você... eu te acho muito legal. E acharia bem legal também se... você fosse meu pai sempre, todo dia...

Wagner se emociona com aquelas palavras do garoto e sente a garganta apertar e as lágrimas virem aos olhos, mas André não chega a vê-las. Sai correndo atrás dos outros garotos. Diana coloca a mão em volta do ombro do irmão e entende sua emoção.

- Segura o coração, maninho. O garoto parece gostar de você. Já é metade do caminho. Agora é só dobrar a mãe dele. Aliás... quem é ela?

- Essa vai ser a parte mais difícil... ele diz, enxugando o rosto. – A mãe dele é a Janete.

Diana suspira e diz apenas:

- Vamos almoçar? Essa novidade abriu meu apetite.

Ele concorda e eles vão abraçados para a casa grande, mas quando chegam lá têm a surpresa de ver Janete segurando o filho pela mão.

- Meu Deus...! - ele diz, apressando-se para perto dela.

Janete está brigando com o menino:

- Eu não disse pra ficar longe dele? Quando é que você vai me obedecer, garoto?

- Ele convidou a gente e...

- Cala a boca! Não me responda!

André se cala e olha na direção de Wagner que se aproxima.

MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS...)

PARTE 34

OBRIGADA! BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS OS PAIS!

FELICIDADES A TODOS OS PAIS DO RECANTO E DO BRASIL!

Velucy
Enviado por Velucy em 12/08/2018
Código do texto: T6416772
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.