MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS) - PARTE 55

MI – UMA GAROTA MUITO ESPECIAL

PARTE LV

Cássio olha em volta e seu olhar para no nome da menina escrito em letras grandes na parede, com os nomes dos pais saindo de suas iniciais.

- Sua filha é uma menina muito amada, não é?

- É... Mônica concorda.

- Mas não parece mimada, apesar de ser filha única.

- Não é. Ela é feliz.

- Ela não sente... falta do pai?

Mônica se senta na cama; olha e acaricia o vestido da menina.

- Ele é muito presente na vida dela, mesmo depois de morto.

- Eu percebo. Ela fala dele como se o visse todos os dias... Pra ela, ele não morreu. Como pode isso, se ela nunca o viu?

- Viu, viu sim. Nós primeiros dois meses da vida dela, mas viu. Eu nunca deixei que ele ficasse longe das nossas vidas.

- Mas eu percebo que quando ela fala dele como se...

- Cássio, não vamos falar sobre isso, por favor. A gente está aqui hoje pra começar a comemorar o décimo terceiro ano de vida da minha filha, comemorado amanhã, não quero falar de morte. Já chega o que ela está passando...

- O que aconteceu? - ele pergunta, sinceramente interessado.

- O cavalo dela morreu hoje.

- Ah... Desculpe... eu não sabia.

- Tudo bem. Nós o enterramos hoje cedo. O Diamante era muito especial pra ela. Era o cavalo de estimação do pai dela. Ele viveu dezessete anos.

- Ele morreu de quê?

- Alguns aqui na fazenda acham que ele morreu de velhice, mas não foi. Tinha pouco mais de dezessete anos... Um cavalo vive mais que isso. Pode chegar aos trinta. Ele foi... porque tinha que ir, ela diz, com um suspiro.

- Eu sinto muito.

A menina entra correndo no quarto e se aproxima da mãe.

- Mãe, eu posso abrir o galpão pras crianças entrarem? Pedi pro dindo, mas ele pediu pra pedir pra você.

- A casa é mais dele do que minha, meu amor. Se ele permitir, eu também permito, só não façam muita bagunça. Pense nos seus avós! A festa é só amanhã.

- Pode deixar. Eu coordeno tudo, obrigada, mãe!

Ela olha para seu vestido pendurado no guarda-roupa e sorri.

- Gostou do meu vestido, Cássio?

- Adorei. Me empresta, depois? Quero usar na minha festa em julho.

Ela ri e pergunta:

- Você faz aniversário em julho?

- Sete de julho.

- Igual meu pai! Que legal! Se você quiser, eu empresto sim. Só vai ficar um pouco curto, ela diz, seguindo a brincadeira dele e rindo gostoso em seguida.

Cássio também ri. A menina sai do quarto como entrou e Cássio olha para Mônica.

- Seu marido também é... de sete de julho?

Ela não responde, mas seu silêncio responde à pergunta dele.

- Eu não sei se é uma feliz ou infeliz coincidência... ele diz.

- É só uma data, Cássio, ela diz, levantando-se. – Vamos descer? Eu quero te mostrar o galpão das crianças, já que a Maria Cecília foi abri-lo.

À noite, após o jantar que foi servido dentro da casa grande para o adultos e no galpão das crianças para os pequenos, Maria Cecília fica no próprio galpão e decide dormir com elas, com a autorização da mãe.

Todos se recolhem e Wagner, antes de ir para seu quarto, resolve falar com Mônica. Chega à porta entreaberta e bate.

- Posso entrar?

- Entra, compadre, ela diz, sorrindo.

Ele entra. Mônica está sentada na frente da penteadeira, escovando os cabelos. Wagner se senta na cama. Ela percebe que ele está silencioso e se volta para olhar para ele.

MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS...)

PARTE 55

OBRIGADA! BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 20/08/2018
Reeditado em 21/08/2018
Código do texto: T6424924
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