MANDY - AMANDA & LÍDIA VIII - PARTE 6

VI – AMANDA & LÍDIA

Marco sentou no chão encostado na árvore e ela se deitou, encaixando-se nos braços dele.

- Posso fazer uma pergunta? - disse ela, enterrando os dedos nos cabelos dele.

- Já fez, ele respondeu.

- Duas então.

- Já está abusando... Faz.

- Você acredita mesmo que a gente foi feito um pro outro?

Marco sorriu e a beijou novamente.

- Você não?

- Sim, mas eu sou uma garota... É muito difícil ouvir um homem falar de amor do jeito que você fala, com essa certeza. Até assusta, às vezes...

- Eu tenho certeza mesmo.

- Por quê?

- Não sei. Essas coisas a gente não sabe, a gente sente. Eu já te falei, em algum lugar, de alguma forma, em dois de junho de mil, novecentos e setenta, estava escrito nas estrelas que a gente ia se encontrar e ia ficar junto. Não duvide mais disso.

Amanda ficou olhando para ele. Marco encostou os lábios nos dela e a beijou novamente. Depois, Amanda fechou os olhos e se aninhou no abraço dele, dizendo:

- Queria não sair mais daqui...

- Então não sai, ele disse, num sussurro, fechado também os olhos.

- Não posso... Meu pai vem me buscar daqui a pouco.

Marco sorriu e disse:

- Ele não vai entender nada.

- Vai sim. Foi ele que me incentivou a vir falar com você.

- Sério? E a que devo essa mudança?

- Eu não estava melhor do que você. Estava aborrecida e triste comigo mesma, por ter tomado a decisão de te afastar de mim, ao contrário do que você pensava.

- Eu não pensei isso.

- Você disse que eu não quis saber se você queria ou não se afastar de mim. Se eu perguntasse, você não ia querer mesmo, eu sei! A decisão tinha que ser minha.

- Nossa...

- Minha, Marco! - ela disse, só então abrindo os olhos e olhando para ele. - Você não pensa muito na integridade do próprio nariz, eu penso. Eu gosto dele inteiro.

Marco riu.

- Ele está bem, graças a Deus.

Ela sentou-se e o abraçou forte, repetindo:

- Graças a Deus!

Depois se afastou um pouco e tocou a pequena cicatriz na testa dele.

- E isso aqui ainda dói em mim, sabia?

- Vou fazer uma plástica, então...

- Não, eu quero que ela fique aí, pra você se lembrar de que eu não estava errada quando quis protegê-lo. Toma cuidado... por mim?

Ele balançou a cabeça, concordando, e a beijou novamente. Subitamente, ele perguntou:

- Você tem aula de jazz, na quarta, não tem?

- Sutil como um elefante numa cristaleira. É um assunto super pertinente... Meu Marco voltou.

- Não tem?

- Tenho, às... quatro...

- Vou até lá.

- Vai nada! - ela disse, levantando-se. – Você nem sabe onde eu faço jazz!

- Sei sim, ele disse, sorrindo.

- Como?

- A Dalva me contou.

- E como você conseguiu tirar uma coisa dessas da Dalva? Você não morre de medo dela?

- Ah, não é bem medo... Ela me deixa um pouco nervoso, mas não é medo. E não foi muito fácil, não. Tentei suborno, chantagem emocional, tortura chinesa, tudo e ela nada.

- E...? Você fez lavagem cerebral nela...

- Prometi de pés juntos que não falaria pra você... que foi ela que me contou. Por favor, não diz pra ela que eu contei pra você!

Amanda riu a valer.

AMANDA & LÍDIA

PARTE VI

OBRIGADA E BOM DIA!

LUZ, PAZ E MUITAS BÊNÇÃOS A TODOS

Velucy
Enviado por Velucy em 24/09/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6457824
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