MANDY - ME CONCEDE A MÃO DE SUA FILHA? XI - PARTE 3

III – ME CONCEDA A MÃO DE SUA FILHA?

Marco sorriu, enxugando o rosto, e Laila também, apertando sua mão.

- E mais... Antônio continuou.

Ele respirou fundo e terminou.

- Ela tem dezesseis anos. Você dezessete. Quando eu digo, vocês vão ser solteiros, vão ser solteiros... Entendeu? Uma aliança no dedo parece dar certos direitos... que vocês não vão ter... até acontecer tudo que eu falei.

- Eu entendi, pai.

- Tem certeza de que é isso que você quer? Nesses meus termos?

- Tenho. E você esqueceu da faculdade. Eu quero batalhar por isso também e quero que ela faça o mesmo.

- Tudo bem, disse Antônio, se levantando. - Vamos correr atrás disso.

Marco foi abraçar o pai.

- Obrigado. Eu te amo.

Antônio correspondeu ao abraço, visivelmente emocionado.

- Seu maluco. Eu também te amo.

Quando se afastaram, Laila beijou também o marido no rosto.

- Ah! Você já falou com o pai dela? - Antônio perguntou.

- Já, ele deixou.

- Vou falar com ele para irmos juntos falar com o padre. Não sei como isso funciona.

O casamento foi marcado para o sábado seguinte. Marco chamou Teo e Aldo como testemunhas dele e Ângela e Márcia por serem as melhores amigas de Amanda, para serem testemunhas dela.

Marco já estava no quarto com os dois amigos e as amigas de Amanda, quando o padre chegou. Antônio, Laila, José e Dalva, o médico e mais duas enfermeiras também estava ali.

O reverendo cumprimentou a todos e aproximou-se da moça, emocionando-se ao ver seu rosto de menina. Colocou a mão em sua cabeça e olhou para Marco.

- Espero que ela acorde pra eu poder fazer o casamento de vocês de verdade na minha igreja, com tudo que ela merece, filho.

Marco apenas sorriu triste, segurando a mão dela.

A cerimônia começou. O padre começou a pronunciar as palavras de praxe. Durante todo o tempo, lágrimas silenciosas rolavam pelo rosto de Marco que não tirava os olhos dela. Ele repetiu as palavras que o padre dizia com a voz saindo difícil da garganta.

Quando o padre ia dizer o famoso: “Até que a morte os separe.”, Marco pediu.

- Não dá pra pular essa parte, não, padre?

O padre sorriu e concordou.

- Claro. Onde estão as alianças?

Teo aproximou-se e entregou-as a Marco. O padre abençoou as argolas de ouro e Marco colocou uma delas no dedo de Amanda; depois Dalva colocou a outra no dedo dele por Amanda. Foram então declarados marido e mulher.

- Pode beijar a noiva, filho, e que Deus os abençoe e proteja.

- Amém, disseram todos.

Marco inclinou-se e beijou Amanda longamente, com carinho, segurando forte a mão dela. Estavam casados.

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Na segunda-feira seguinte, Marco estava tomando um refrigerante com Benê na lanchonete, quando Lídia entrou e aproximou-se dele.

- Oi, Marco...

Ele olhou para ela e cumprimentou, frio.

- Oi.

- Posso sentar aqui do seu lado?

Ele não respondeu. Benê levantou, vendo que a conversa não era com ele, mas Marco falou:

- Fica aí, Benê. A conversa não é particular.

- É que eu tinha... umas coisas pra fazer lá dentro, disse Benê. - Volto já.

Ele se foi e Lídia se sentou no banco ao lado de Marco, que tomou um gole do refrigerante.

- Eu soube que... você se casou com a Amanda... É verdade?

Ele não respondeu. Lídia segurou sua mão esquerda e viu a aliança brilhando no dedo dele.

- É... casou mesmo... ela disse, suspirando em seguida. – Eu não quis acreditar, quando a Márcia me disse. Perdi você de vez, não é?

- Eu nunca fui seu, ele falou, tirando a mão dele da dela, devagar.

- Claro que não... Não fica zangado. Eu não vim brigar. Eu vim te pedir desculpas.

Marco olhou para ela, não acreditando no que ouvia.

- O quê?

- É... Me perdoa, pelo monte de besteira que eu falei pra você. Eu tenho agido como uma idiota, uma criançona... apaixonada, porque eu te amo de verdade...

Marco desviou os olhos dela, constrangido e apoiou a cabeça na mão.

- Não, eu não vim falar sobre isso... Fica tranquilo. Eu só vim mesmo te pedir desculpas. Eu não vou mais te encher o saco. O que você tem passado por causa da Amanda e continua passando, me mostrou e mostrou pra muita gente no colégio que conhece e gosta de vocês, o que é amar de verdade. O que eu sinto por você não é nada, perto do que você sente por ela. Estamos todos rezando, eu também, de coração mesmo, pra ela acordar logo. Vocês merecem ser felizes juntos. Me perdoa, Marco.

Marco não conseguiu falar nada.

ME CONCEDE A MÃO DE SUA FILHA?

PARTE III

OBRIGADA E BOM DIA!

SONHAR AINDA É DE GRAÇA!

PODEMOS ATÉ SONHAR QUE O NOSSO PAÍS VAI SAIR DESSA

Velucy
Enviado por Velucy em 05/10/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6468070
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