MANDY - AR & MAR XII - PARTE 4

IV – AR & MAR

A recuperação de Amanda foi mais rápida do que se esperava.

Na terça-feira, a moça já andava devagar pelo quarto, na quarta à noite já insistia com o médico que queria ir para casa. Ele não via por que não e prometeu lhe dar alta no dia seguinte.

Quando Marco chegou ao hospital para vê-la na quinta-feira de manhã, ela não estava mais no quarto. Ele desceu correndo e procurou por Deise. Ele a encontrou no corredor.

- Cadê a Amanda, Deise?

- Ela já teve alta, ela disse com um sorriso simpático.

- Como já teve alta? O doutor Valter falou que ela ia ter alta só no sábado!

- Ela insistiu. Disse que já estava se sentindo bem. O doutor Valter falou com o professor Rotemberg e ele prometeu, junto com a dona Dalva, que a faria repousar e não cometer abusos e vir até o hospital periodicamente até ficar completamente recuperada. Você não gostou da notícia?

- Você está brincando? Eu estava sonhando com isso! Mas por que ninguém me avisou?

- Foi ela que insistiu. Só pediu pra te falar que ela estaria em casa esperando por você.

- Tudo bem, Deise. De qualquer forma, obrigado por tudo. Todo mundo foi muito legal com a gente.

- Disponha sempre.

- Não leve a mal, mas eu espero que não tão cedo! Tchau.

Ele abraçou a enfermeira e a beijou no rosto.

- Tchau, Marco. Ah! Feliz aniversário!

- Obrigado.

Ao chegar à casa dos Rotemberg, Marco foi recebido por Dalva e encontrou Amanda sentada no sofá, debaixo das cobertas, comendo pipocas, diante da televisão ligada. Dalva foi para a cozinha.

- Oi! - ela falou, sorrindo ao vê-lo.

- Oi, nada! Você não me avisou que ia sair do hospital hoje!

- Está zangado?

- Não, estou furioso, só! - ele disse sério.

Amanda já esperava aquela reação e ofereceu:

- Quer pipoca?

- Eu acabo de dizer que estou furioso e você me oferece pipoca, Amanda?

- O papai ligou para sua casa, mas você não estava mais lá, já tinha saído. Foi decidido hoje cedinho, desculpe.

- Vou pensar no seu caso, ele disse, cruzando os braços.

- Senta aqui do meu lado! - ela convidou.

- Seu pai está em casa?

- Não, ele voltou a trabalhar, esqueceu? Está no colégio, mas vem à tarde.

- Então eu vou embora. Ele não vai gostar de saber que estamos sozinhos aqui, disse ele, indo para a porta.

- Marco!

Amanda levantou-se e tentou chegar perto dele rapidamente para evitar que ele saísse.

- Você nem me deu um beijo!

Marco a abraçou, assustado.

- Você ainda não pode sair correndo desse jeito, sua maluca!

- Acho... que não mesmo. Ai, que tontura... Acho que vou...

Ela sentiu tontura e ia cair. Marco a ergueu nos braços e a levou de volta ao sofá.

- Está vendo, teimosa?! Dalva, me ajuda aqui!

Amanda começou a rir e o beijou, fazendo-o sentar-se no sofá ao lado dela.

- Feliz aniversário, meu amor!

- Eu não acredito! Você me enganou, Amanda!

Dalva apareceu na sala e ele disse:

- Desculpa, Dalva, não foi nada, não. Está tudo bem.

A governanta sorriu e voltou para seus afazeres.

- Você quase me matou de susto, Mandy!

- Lembra do tombo no clube? Você também me enganou. Eu só revidei. Estamos quites.

- Eu mereço...

Ele a beijou longamente e depois olhou em volta.

- Que foi? - ela perguntou.

- Não vai aparecer ninguém?

- E por que apareceria? - ela riu.

- É... Por quê, não é?

Ele a beijou novamente, mas quando sentiu que estava ficando muito animado, afastou-se e se levantou rápido, dizendo a si mesmo.

- Calma, Marco!

Amanda riu ainda mais.

AR & MAR

AMANDA ROTEMBERG & MARCO ANTÔNIO RAMALHO

PARTE IV

OBRIGADA E BOM DIA!

SONHAR AINDA É DE GRAÇA!

Velucy
Enviado por Velucy em 07/10/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6469700
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.