AMANDA II - NOVOS AMIGOS II - PARTE 1

I – NOVOS AMIGOS

2º. capítulo

O telefone tocou. Marco foi atender na sala e voltou sem seguida.

- É minha gata. Vou atender no meu quarto. Boa noite, crianças!

Ele beijou a mãe no rosto e bateu no ombro do pai.

- Não quer levar uns bolinhos pro quarto? - perguntou Laila.

- Não, leva pro seu. O pai deve estar com mais fome que eu.

- Olha o respeito, moleque! - disse Antônio.

Marco sorriu e foi para o quarto. Apanhou o telefone e deitou-se na cama:

- Oi, linda!

- Você não me ligou pra dizer que tinha chegado bem.

- Desculpa. Fiquei conversando com a minha mãe.

- Ela está bem?

- Está. E você? Gostou dos meus amigos?

- Gostei... Para uma primeira impressão, eles me pareceram legais...

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro...

- Por que você não disse pro Rubens que já tinha sido chamada por uma agência pra fazer comerciais?

- Pra não expor a Rita. Não acho que deva ficar espalhando isso, antes de ficar tudo acertado.

- Bem pensado, ele disse, virando-se na cama. - Se eles descobrem que eu vou trabalhar numa agência cuja dona é minha prima, nunca mais vou ter paz.

- Se descobrem que você é casado também, não é?

- É... também. Mas isso é o de menos. Ninguém precisa ficar sabendo... não ainda.

- Pois eu morro de vontade de contar pra todo mundo.

- Como eu disse lá na pizzaria: é uma história muito triste e comprida pra ser explicada em poucas palavras. Não é papo de pizzaria. Não é simples.

- É... você tem razão. Eu nem posso pensar em relembrar aquele pesadelo...

Ela ficou em silêncio do outro lado da linha. Marco quebrou o silêncio.

- Eu te amo...

- Eu também... Marco!

- Oi.

- Você acha a Cleo bonita?

Ele sorriu e percebeu a intenção da pergunta:

- Acho, ele disse com sinceridade.

- Hum... ela fez, pensativa.

- Por quê? Não entendi esse hum...

- Não é nada. Só uma pergunta.

- Não, não é só uma pergunta não. O que se passa nessa cabecinha loira que eu amo?

- Bobagem... É que ela olhava pra você de um jeito diferente. Eu me lembrei da Lídia...

- Amanda, não pensa besteira, tá? A Cleo é uma colega de sala.

- Mais um motivo pra eu me preocupar. A Lídia nem estudava com você na mesma sala...

Ele ficou em silêncio, pensando no que ia dizer. Esse silêncio deixou Amanda mais preocupada. Como Teo, ela também tinha percebido o jeito diferente com que Cleo olhava para ele.

- Marco...

- A gente não pode conversar sobre isso por telefone. Amanhã a gente fala. Eu só vou te dizer uma coisa, pra você dormir sossegada. Você... e só você... é a razão da minha vida.

Amanda fechou os olhos e sorriu.

- Entendi... Eu te amo.

- Boa noite, amor. Dorme bem e sonha comigo.

- Sempre...

Desligaram o telefone.

Manhã de domingo. Sol lindo no céu, nenhuma nuvem. Logo cedo, José Rotemberg foi ao quarto da filha para avisar que ia sair.

- Filha...

Ela acordou e, preguiçosamente, abriu os olhos, olhou para ele e sorriu.

- Oi, pai.

- Bom dia, disse ele, beijando sua testa. - Eu já estou indo.

- Divirta-se!

- Eu dispensei a Dalva, hoje. Ela foi visitar a mãe. Você fica na casa do Marco?

- Fico sim. Pode ir sossegado. Beijão na Rita.

- Bom domingo. Te vejo à noite.

Ele a beijou novamente e saiu. Amanda se espreguiçou, esticando o corpo e saiu da cama. Foi tomar um banho, vestiu-se e depois de checar toda a casa, apanhou a chave do carro e foi para a casa de Marco.

Laila estava fazendo o café, quando ela entrou na cozinha.

- Bom dia!

- Bom dia! - disse Laila, recebendo seu beijo. – Caiu da cama?

- Mais ou menos. O papai foi pra casa de praia com a Rita. Eu ia ficar sozinha e resolvi vir pra cá. Fiz mal?

- Claro que não, filha. Sente aí. Já tomou café?

- Não. A senhora não devia estar descansando?

- Ainda não sou inválida e gravidez não é doença. Esse serviço ainda é meu.

- Mas eu vou ajudar. Posso?

- Isso pode.

- O Marco já acordou?

- Não. Eu ia até fazer isso. Vocês não vão ao clube?

- Não sei...

Amanda ajudou Laila a preparar o café, arrumou a mesa e ao final, Laila falou:

- Você não quer ir tirar o Marco da cama pra mim? Já são nove e cinco.

- Tudo bem.

Amanda foi até o quarto do rapaz e bateu de leve na porta, chamando:

- Marco!

Não houve nenhuma resposta. Ela abriu a porta e o viu deitado de bruços na cama, num sono profundo. O quarto estava começando a receber a claridade do dia, mas ainda estava na penumbra. Ela entrou e fechou a porta atrás de si. Ficou olhando para ele por um momento, com pena de acordá-lo, mas respirou fundo e aproximou-se da cama.

NOVOS AMIGOS

PARTE I

Que NOSSA SENHORA APARECIDA abençoe a todos nós!

Obrigada e que ELA proteja toda sua família!

Excelente feriado a todos!

Velucy
Enviado por Velucy em 12/10/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6474196
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