AMANDA II - PRIMA RITA VIII - PARTE 2

II – PRIMA RITA

Marco começou a chorar e escondeu o rosto na mão.

- Ô, gatinho! - disse ela, dando a volta e indo abraçá-lo.

- Eu precisava falar com alguém...

- Então fala! Vem, vem pra sala, amor.

Ela o puxou pela mão e o levou a sentar-se no sofá onde segurou sua mão.

- O que foi que houve? Seu pai brigou com você?

- Não...

- Você brigou com a Amanda?

- Não... Não é ninguém... Sou eu mesmo... Eu ando... fazendo tudo errado.

- Tudo o quê?

- Tudo... Eu falei com o padre da igreja matriz e marquei a data do meu casamento com a Amanda pra sete de outubro...

Rita ficou surpresa e riu, adorando a novidade.

- Que bárbaro! Seu pai sabe?

- Não... Ninguém sabe, só a Amanda... mas ela está com medo. Hoje... a gente discutiu por causa disso e tudo... Ela não está preparada pra casar...

- Mas vocês já não são casados?

- Mas não moramos juntos, Rita. É diferente. Ela ainda não está pronta pra assumir a responsabilidade de uma relação a dois comigo. Eu devia ter pensado nisso antes e... hoje disse um monte de coisas que confundiram a cabeça dela também e... agora, eu também não sei se quero mais...

- Você ainda a ama?

- Mais do que a mim mesmo.

- Acha que está preparado?

- Acho, eu estou, mas tenho que pensar nela...

- Você pensou só em você, quando decidiu marcar a data.

- Acho que sim...

- E por quê?

- Por que o quê?

- Por que você não pensou nela?

Ele não respondeu.

- Você tem medo de você mesmo, não é?

Marco ficou olhando para ela, ainda em silêncio. Rita sorriu.

- Eu sei exatamente o que você está sentindo, gato.

Ele apertou a mão dela e seu rosto foi-se aproximando do dela devagar, a respiração dele estava difícil, até que seus lábios se encontraram e eles trocaram um beijo gostoso e demorado. Quando se afastaram, Marco deu um profundo suspiro e murmurou:

- Poxa!... Me desculpe...

- Não fala nada, ela disse baixinho, ainda com o rosto bem perto do dele.

Marco a beijou de novo e a envolveu nos braços; aos poucos, os dois foram sentindo o corpo esquentar, as roupas foram sendo tiradas com pressa e logo estavam deitados no tapete da sala, envolvidos numa loucura de amor apaixonada e sem controle.

Rita deixou que ele agisse sozinho, pois sabia que a necessidade dele era maior.

Quando tudo acabou, Marco escondeu o rosto no pescoço dela e começou a chorar, trêmulo. Ficou vários segundos sentindo as mãos dela acariciarem suas costas até que a crise de choro passou. Ele, então, deitou-se de costas no tapete, cansado e ela apoiou a cabeça na mão apoiada no braço, pousando a outra mão sobre o peito dele, acariciando-o levemente.

Ele fechou os olhos por alguns segundos, sentindo a mão dela macia na pele dele, respirou fundo e perguntou, ainda com uma lágrima escorrendo pelo canto do olho.

- Você deve me achar um idiota, não é?

- Claro que não, disse ela, ajeitando com carinho uma mecha do cabelo dele na testa suada.

- Você vai ser a madrasta da Amanda...

- Ainda não sou... e não tem nada a ver. Eu te amo, também. Você é meu primo favorito e, de mais a mais, ninguém precisa e nem vai ficar sabendo.

Ele olhou para ela e sorriu.

- Que bom que foi com você...

Rita deslizou o indicador pelo rosto dele, enxugando uma lágrima.

- Seu pai ia adorar saber disso.

Ambos riram; ele de total nervoso.

- Está melhor? - ela perguntou.

Ele confirmou, balançando a cabeça.

- Dorme aqui.

PRIMA RITA

PARTE II

UM EXCELENTE DIA A TODOS

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Velucy
Enviado por Velucy em 23/10/2018
Reeditado em 23/10/2018
Código do texto: T6483649
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