AMANDA II - MARIANA XII - PARTE 4

IV – MARIANA

Laila voltou para casa na manhã seguinte com a filhinha nova.

Nos dias seguintes, Amanda ia todos os dias à casa dos Ramalho e ficava com ela por muito tempo. Débora, já grávida de cinco meses do filho de Aldo, agora ajudava Laila a cuidar da garotinha, e não faltou para a menina, carinho e atenção de todos os lados.

Na quarta feira, Marco chegou da agência e encontrou, como de costume, as três namorando Mariana.

- Boa noite, garotas. Nossa! Quanta mulher! Isso aqui está parecendo um comitê feminino.

Só então ele notou Júlio César sentado na cama do lado da mãe.

- Xi! Desculpa, JC. Retiro o que disse. Parece mais um harém.

Elas riram. Marco deitou-se também na cama, ao lado de Amanda e a beijou. Depois ficou assistindo a mãe trocar a irmã.

- Oi, gatinha! - falou ele, pegando a mãozinha da irmã. – Vamos tomar um chocolate quente? Está um frio danado aí fora.

- Diz pra ele, Mariana, só se o Júlio for junto! - disse Laila, falando com a filha.

Marco olhou para o menino, colocando um peixinho de plástico na boca e mordendo-o com gosto, apertando os dentinhos que estavam nascendo.

- Eu, hein, já, Júlio? Paquerando a minha irmã? Pega leve, meu!

Passou a mão na cabeça do afilhado e, ao ver como ele mordia o peixinho com sofreguidão, aconselhou:

- Vai com calma, garotão! Sem tempero não dá pra engolir.

O menino engatinhou até ele sobre a cama e apoiando-se em seu ombro ficou em pé, apontando para a menininha e dizendo:

- Nenê!

- É, nenê, mas vai com calma, mesmo assim. Ela ainda não conhece suas manhas.

Laila, Amanda e Débora riram. Marco o colocou nos ombros e levantou-se.

- Vamos tomar um copo de leite? Vem com a gente, tia Mandy?

Amanda foi com os dois para a cozinha e Marco colocou o afilhado sentado sobre a mesa, enquanto ela apanhava três copos no armário.

- Como foi na agência, hoje? – ela perguntou.

- Tudo bem. A Rita me deixou bolar um comercial inteiro, sozinho, e pelo jeito deve ter gostado do trabalho.

- Jura? De quê?

- Refrigerante.

- Legal. E vai lançar?

- Primeiro tem que ver se o cliente gosta. Se for aprovado, aí sim.

Ele encheu os três copos com o leite morno que já estava na leiteira sobre o fogão e sentou-se à mesa também.

- Vai ser domingo, Amanda. Vou contar pro meu pai.

- Meu Deus...! - ela disse, baixinho, apreensiva, pegando a mãozinha de Júlio César.

Marco começou a ajudar Júlio a beber o leite, mas ele queria pegar o copo na mão.

- Não! Na mão você derruba!

- É melhor colocar na mamadeira dele, disse ela, indo pegar a mamadeira do menino em cima da pia. – Me deixa contar pro meu pai?

- Não, nós vamos fazer isso, juntos.

- Eu me entendo melhor com ele, Marco. Meu pai não vai brigar comigo.

- Claro que não vai! Mas eu tenho que estar junto. Quem inventou, fui eu. Portanto, se você quer desistir, voltar atrás, fala agora e a gente esquece tudo.

- Não! Eu vou até o fim com você.

Marco sorriu. Colocou o leite na mamadeira de Júlio e entregou a ele, que começou a tomar satisfeito.

- E se a gente contasse pros dois de uma vez só? - Amanda sugeriu.

Marco tomou um gole de leite, pensando no assunto e não achou a ideia ruim.

- É uma boa ideia. Na sua casa ou aqui?

- Aqui, durante um almoço. Eu e a Rita vamos vir pra cá com o papai. Ele disse que viria visitar sua mãe e ver a Mariana. Nós vamos fazer o almoço. Sua mãe não vai ter que fazer nada.

- Tudo bem. Só que eu acho que vou contar pra minha mãe, antes. Conto no sábado à noite. Meu pai tem outro daqueles jantares chatos de negócios...

- Isso. É bom prepará-la antes.

Marco segurou a mão dela sobre a mesa e a apertou.

- Vai ficar tudo bem.

- Eu estou do seu lado, até o fim.

- Eu te amo...

- Também te amo.

Amanda aproximou o rosto do dele e o beijou. Júlio segurou uma mecha de cabelo dela e puxou em protesto ciumento.

- Não!

Amanda gritou e riu ao mesmo tempo, segurando a mãozinha dele e afastou-se de Marco.

- Ai! Pronto, já larguei o dindo, ciumento!

Marco riu, bocejando longamente.

- Está com sono? - ela perguntou.

- É, de vez em quando a Mariana chora à noite e eu acordo por tabela, também. Ela é boazinha, mas tem noites que resolve sair pra jantar fora, meu pai não deixa e ela bronqueia.

Amanda riu, segurando sua mão.

- Você está curtindo, não é?

- Eu estou. Ela é a coisa mais gostosa que eu já vi... depois de você.

- Gotosa! - Júlio disse, apontando para Amanda, com a mamadeira já vazia.

- Não, essa é minha gotosa. A sua está no quarto, JC!

Marco beijou Amanda rapidamente e pegou o afilhado no colo, voltando para o quarto.

MARIANA

PARTE IV

UM EXCELENTE DIA A TODOS

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Velucy
Enviado por Velucy em 29/10/2018
Código do texto: T6488848
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.