AMANDA II - TEO E CLEO XV - PARTE 1

I – TEO E CLEO

À noite, Amanda se arrumou para sair e entrou no escritório do pai, que lia um livro sentado numa poltrona num canto do aposento. Aproximou-se e se ajoelhou junto dele. José tirou os óculos e olhou para ela.

- Vai sair?

- Vou. Pai, o Marco saiu de casa.

- Como assim?

- Ela não quis admitir, mas… seo Antônio mandou ele sair.

José passou a mão pela testa e lamentou:

- Sinto muito, filha. Eu imaginei que não ia ficar tão barato como ficou. E onde ele está?

- No nosso AP.

- E você está indo pra lá?

- Vou ajudá-lo a se instalar. Ele está sozinho, pai.

- Amanda, isso está ficando sério, filha... O Marco morando sozinho naquele apartamento... Eu não quero ser quadrado, mas...

- Ele precisa de ajuda, papai!

- Ele te pediu ajuda?

- Não, não pediu...

- Filha, eu já fui condescendente com muita coisa. Poderia ter feito oposição a esse casamento e não fiz, por você, mas não abuse da minha boa vontade, por favor. O Marco pode ser um bom rapaz, mas ele é homem e pode ser muito educado e respeitador, mas ainda assim é homem e também tem fraquezas...

- Você quer ir comigo?

- Não. Ele ficaria constrangido de me ver lá. Mas eu posso te levar até lá e, uma hora depois, ir te buscar. Está bom assim?

- Está. Mas... podem ser duas horas? Mudança envolve tempo...

- Que seja...

Rita chegou e cumprimentou os dois.

- Olá, meus amores! Boa noite! - disse ela, entrando e jogando a bolsa sobre o sofá.

- Boa noite! - disseram os dois.

Ela beijou o marido e Amanda e perguntou:

- Aonde você vai? Eu estou chegando e você vai sair, garota?

- Vou até o apartamento dar uma mãozinha pro Marco, ela respondeu.

- Vai sozinha?

- Papai ia me levar...

- Eu vou só deixá-la lá, disse José. - Não vou ficar.

- Ótimo! Vamos os três. A gente te deixa lá e vai jantar fora. Que tal, meu bem?

- Pode ser... mas, você não está cansada? - perguntou José.

- Nem um pouco. Estou com fome. Vamos?

Ao chegar ao apartamento, Amanda abriu a porta e chamou:

- Marco!

Entrou, fechou a porta e não ouviu resposta, foi até a cozinha. Ninguém lá. A luz do quarto estava acesa e ela imaginou que ele estaria lá. E estava.

- Oi! - ela disse da porta.

Marco estava sentado na cama, arrumando suas roupas numa gaveta. Virou-se e olhou para ela.

- Oi, amor!

Ela pulou na cama e o beijou.

- Veio sozinha? - ele perguntou.

- O papai e a Rita me trouxeram até aí embaixo e foram jantar. Voltam daqui duas horas pra me pegar. Está tudo bem?

- Está... ele disse, olhando em volta. – Vai ser estranho dormir aqui com tudo cheirando a novo desse jeito, sem você...

Amanda sentou do lado dele, passando a mão por seus cabelos.

- Você está bem?

- Ficando... Teu pai confiou em você ficar comigo aqui sozinha?

- Eu vim aqui pra te ajudar. Só pra te ajudar.

- É claro... Então, mãos a obra, ele disse, fechando a gaveta.

Amanda viu a cama de armar do lado da cama de casal e perguntou:

- Onde você arrumou essa cama?

- Minha mãe me emprestou. O Juca veio trazer hoje à tarde junto com a minha bicicleta, ele disse sério.

- Você tem uma cama enorme aqui... Por quê?

- Sem você, não dá...

Amanda ficou olhando para ele, sem saber o que dizer.

- Você está nervoso. Está zangado comigo?

- Não, claro que não, é que... Olha, não leva muito em consideração o que eu...

Marco segurou forte sua mão, afastando-se dela e levantando rápido.

TEO E CLEO

PARTE I

UM EXCELENTE DIA A TODOS

DEUS OS ABENÇOE

E QUE TENHAMOS GRANDES E BOAS MUDANÇAS!