AMANDA II - TEO E CLEO XV - PARTE 3

III – TEO E CLEO

A campainha tocou. Marco ergueu-se, enxugando o rosto e abriu a porta outra vez; era o síndico.

- Oi!

- Marco, sua mãe no telefone lá embaixo.

- Obrigado, já estou indo.

Ele fechou a porta, se recompôs e desceu rapidamente. Apanhou o telefone.

- Mãe...

- Oi, meu amor! Está tudo bem? Você precisa de alguma coisa?

- Não... Está tudo bem.

- Já jantou?

- Já... ele mentiu. – Já jantei, sim.

- A Amanda levou o jogo de panelas que eu dei?

- Não... eu jantei fora. Tem... um restaurante legal aqui perto. Amanhã, eu vou até lá e pego.

- Não vá ficar gastando dinheiro com restaurante, filho. Se você quiser, eu faço sua comida e te levo...

- Mãe! Mãe, para. Para... Não precisa. Você tem que se preocupar com a Mariana agora. Eu estou bem.

- Eu estou com tanta saudade, meu filho...

- Linda, para com isso, ele disse sorrindo, tentando não chorar outra vez. - Eu não morri. Também estou com saudade... Vou ter que desligar agora.

- Liga pra mim, amanhã?

- Ligo. Como está o velho?

- Emburrado ainda. Já foi dormir.

- Dá um beijo nele por mim, tá? Só não diz que fui eu que mandei...

Laila riu.

- Cabeça dura como ele. Vocês são dois bobos.

- Beija a Marianinha também.

- Beijo...

- Tchau, mãe...

- Tchau. Boa noite, filho.

Ele colocou o telefone no lugar e respirou fundo. Depois subiu.

Tomou um banho, ligou o rádio portátil e o sintonizou em sua FM preferida. Apagou todas as luzes do apartamento. Deixou as cortinas na sala abertas, pois a luz da rua iluminava tudo e deitou-se no sofá. Cobriu os olhos com o braço e tentou relaxar e não pensar mais. A música que tocava era tranquila e ele acabou por dormir ali mesmo.

Na manhã seguinte, acordou e levantou-se rapidamente, sentando-se no sofá, estranhando o lugar. Percebeu onde estava e esfregou o rosto. Olhou no relógio, ainda no pulso, e viu que eram sete e meia. Disse:

- A Rita comprou um sonífero pra gente... Que sofá delicioso!

Ele se levantou, desligou o rádio que tinha ficado ligado a noite toda e foi olhar pela janela. Observou a rua, de cima agora, já que estava no segundo andar e bocejou gostoso, esticando os braços. Foi lavar o rosto e escovar os dentes, trocou-se e ajeitou alguma coisa que não tinha ajeitado no dia anterior.

Resolveu não ir trabalhar de manhã e foi ligar para a agência. Avisou que não ia e aproveitou para ir ao mercado comprar mantimentos suficientes para vários dias e quando voltou ao apartamento, instalou a geladeira.

Ele ajeitou o que tinha comprado nos armários e dentro da geladeira e quando terminou tudo, mastigando uma fatia de presunto, olhou para o próprio trabalho e sorriu satisfeito. Já não sentia mais aquele abandono dolorido do dia anterior. Estava em sua casa.

O mais difícil agora seria preparar o próprio almoço. Chegou à porta da cozinha, olhou para tudo tão ajeitadinho e resolveu almoçar fora, antes de ir para a agência. Estava indo tomar um banho, quando a campainha tocou. Foi atender e olhou pelo olho mágico da porta. Era Teo. Abriu a porta rapidamente.

- Caramba! Eu não acredito que é você! - disse ele, puxando o amigo para dentro e abraçando-o forte.

- Quando liguei pra sua casa e sua mãe me contou que você tinha se mudado, eu não acreditei. A gente não vai mais trocar figurinha nem jogar futebol na rua, moleque?

- Do que você está falando, seu doido?

Teo entrou e ficou olhando para ele.

- Não acredito que você conseguiu. Você saiu de casa do papai, cara! Isso é demais!

Marco fechou a porta e foi com ele até o sofá. Sentaram-se.

TEO E CLEO

PARTE III

UM EXCELENTE DIA A TODOS

DEUS OS ABENÇOE

E QUE TENHAMOS GRANDES E BOAS MUDANÇAS!

Velucy
Enviado por Velucy em 02/11/2018
Código do texto: T6492339
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