AMANDA II - SUSTO XX - PARTE 1

I – SUSTO

Teo e Aldo chegaram ao apartamento de Marco e Amanda com as malas dela.

Vestido numa camiseta branca e jeans, Marco discutia com Kleber, o fotógrafo da agência, sobre a filmagem do casamento.

- Marco, a Amanda é modelo da RR. E você praticamente também é! Não dá pra ser coisa simples. A imprensa vai estar lá!

- Eu não sei por quê. Nós queríamos que fosse uma cerimônia bem simples.

- A Rita convidou. Ela é sua futura sogra, cara. Agora não dá mais pra voltar atrás. Fale com ela.

- Eu pedi tanto pra ela não exagerar muito, meu Deus! Não adianta falar com a Rita, ele diz, passando a mão pelos cabelos.

- Ei, calma, cara! - falou Aldo. – Ser famoso é bom! Aproveita!

- Vou adorar aparecer na televisão, disse Teo, esfregando as mãos e depois ajeitando o cabelo.

- Você vai ver, Marco, vai ficar muito bom, disse o fotógrafo. – Relaxa! Badalação de vez em quando é bom. E isso fica por conta da RR. Você só vai ter o trabalho de sorrir pra algumas câmeras e casar!

- Engraçadinho...

- Estou indo nessa. A gente se vê na igreja. Tchau. Tchau, meninos. Marco... bom casório!

- Tchau, Kleber. Obrigado, hein?

O fotógrafo bateu nas costas dele e saiu, com um risinho cínico nos lábios.

- E aí, cara? Nervoso? - Aldo perguntou, batendo no ombro dele.

- Estou com fome, Marco falou, esfregando as mãos pelo nervoso que não admitia. - Ainda nem tomei café, hoje.

- Até parece que a primeira vez que ele casa, falou Teo, cutucando o braço de Aldo, que riu.

- Mas é a primeira vez que eu caso, pelo menos com a Amanda acordada! Vocês estiveram na casa da minha mãe?

- Estivemos, Aldo respondeu. - Sua mãe está na casa da Amanda com a Mariana e seu pai tinha saído com seu José. Mas a Débora está lá, com o JC.

- Teo, as alianças estão com a minha mãe. Você tem que ir pegar.

- Mais tarde, cara. Não são nem duas horas!

- Eu não confio na sua cabeça. Vai agora.

- Calma, Imperador! O que você tem que fazer agora é ir comer alguma coisa na casa da sua mãe. Eu não quero ver ninguém desmaiando na igreja.

- É, vamos indo pra lá.

- Já fez a barba?

- Que barba? Eu não tenho barba, cara, Marco disse, indo se olhar no espelho, passando a mão no rosto liso, onde já tinha passado a lâmina de barbear de manhã para tirar o pouco de barba que tinha.

- Ah, é, esqueci que você acabou de sair da adolescência... mas enfim... ah, você está lindo.

Aldo riu e perguntou:

- O casamento é às quatro, não é?

- É, Marco respondeu.

- Tem tempo pra tudo. Relaxa. Quando e onde você vai se arrumar?

- Aqui mesmo depois que voltar de lá. Você também podia se trocar aqui. Traz a roupa pra cá e se veste aqui também. Alguém tem que estar aqui pra quando o Chu e a Helena chegarem.

- Certo.

- E eu vou lá pra casa da Amanda, certo? - confirmou Aldo.

- Isso. Você e a Débora vão com ela e o professor Rotemberg. – Eu vou com o Teo e a Helena e meus pais.

- E a Rita?

- Vai com a equipe da RR e as damas de honra. Ela contratou seis menininhas modelos só pro casamento. Dá pra crer? A Rita é maluca!

Os dois riram.

- Eu vou passar na casa da Amanda pra vê-la... Ela ligou pra mim, hoje cedo, e disse que queria que eu fosse até lá.

- Pra quê? - Teo perguntou. – O noivo não pode ficar vendo a noiva no dia do casamento. Não é legal.

- Isso não se aplica a nós, parceiro. Vamos indo.

Marco empurrou os dois para fora do apartamento, trancou tudo e foram os três para a casa de Amanda. Chegando lá, a casa parecia um campo de guerra com gente saindo e entrando apressada. Eram maquiadores, iluminadores, fotógrafos, gente que Marco nem conhecia, mas que sabia que fazia parte da equipe de Rita.

- Meu Deus! Isso tudo é só pra Amanda...?

- Até parece que não é com você que ela vai casar, falou Teo.

- Chego a pensar nisso também...

Marco foi até o quarto dela, mas, na porta, uma moça o barrou, quando ele a abriu.

- Ei! O que o senhor está fazendo aqui?

- Preciso falar com a Amanda um instantinho.

- Não, ela está sendo maquiada e fazendo o cabelo. Não pode, não.

- Foi ela que me ligou pedindo pra vir.

Amanda ouviu a voz dele e o viu pela fresta da porta entreaberta, levantou-se da cadeira, deixando o pessoal com seus apetrechos de maquiagem malucos e foi até ele.

- Deixa ele entrar, Alice.

- Amanda, não pode! - decretou a maquiadora.

- Se ele não pode entrar, eu saio, ela falou, abrindo a porta, saindo e puxando Marco pela mão, correndo com ele pelo corredor. Entraram no banheiro e fecharam a porta.

Os dois riram muito e ele disse:

- Você é doida! O que foi? Que aconteceu?

Amanda encostou-se na parede do banheiro e o abraçou.

SUSTO

PARTE I

DEUS ABENÇOE A TODOS

QUE ELE ABENÇOE NOSSOS ANJOS DA GUARDA HUMANOS

NÓS O TEMOS... ACREDITEM!

Velucy
Enviado por Velucy em 08/11/2018
Código do texto: T6497380
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