AMANDA II - SUSTO XX - PARTE 2

II – SUSTO

Amanda encostou-se na parede do banheiro e abraçou Marco.

- Eu estou me sentindo estranha desde ontem...

- Estranha como?

- Deve ser cansaço. Estou com um pouco de dor de cabeça também...

- Dor de cabeça?

- É... Deve ter sido o secador e esse monte de gente a minha volta. Queria tanto me deitar um pouco... ela disse, apoiando a cabeça no ombro dele.

- Você contou isso pra Rita? - ele perguntou, massageando suas costas.

- Eu praticamente não consegui falar com ela, hoje.

- E a Dalva?

- Cuidando do bufê. Ficou a manhã toda envolvida nisso. Eu estou estranha...

- Estranha como, Amanda?

- Eu estou com o estômago embrulhado, esquisito... Estou enjoada... Nem consegui tomar café direito... Eu acho que...

De repente, ela fechou os olhos e sentiu tudo rodar e a vista ficou escura. Sentiu as pernas fraquejarem e perdeu os sentidos, desmaiando nos braços dele.

- Amanda...!

Ele a segurou nos braços e a ergueu no colo. Conseguiu abrir a porta do banheiro com algum custo e gritou:

- Alguém chama um médico, por favor!

Ele a levou para o quarto do pai e a colocou na cama. Alice aproximou-se apressada e perguntou:

- O que você fez com ela, garoto? Sai, deixa ela respirar, disse ela, afastando Marco de perto de Amanda. - Sai todo mundo, deve ter sido uma queda de pressão. Alguém abre a janela!

Ele e todo mundo que tinha entrado, foi colocado para fora do quarto.

- Onde é que está minha mãe? - Marco perguntou, indo para a cozinha, aflito.

Laila estava lá com Mariana e estranhou vê-lo ali.

- Mãe!

- Marco, o que você está fazendo aqui, filho?

- A Amanda desmaiou.

- O quê?!

- Ela está lá no quarto do professor. Tenta tirar aquele monte de gente estranha de cima dela, por favor.

Mais tarde, um médico que foi chamado chegou e pediu para que todas as pessoas saíssem de perto da moça. Só Laila ficou. Rita chegou pouco depois e entrou também.

Marco ficou no corredor, com Teo e Aldo perto dele. O rapaz andava nervoso de um lado para o outro esfregando as mãos.

- Você quer parar de andar de um lado pro outro? Foi só uma queda de pressão, cara. Isso acontece. Tem mais gente nessa casa hoje do que no Morumbi em dia de clássico! Você devia comer alguma coisa ou vai acabar desmaiando também.

Marco não conseguia falar nada. Depois de quinze minutos, Rita saiu do quarto e ele parou de andar, olhando ansioso para ela que comunicou:

- Está tudo bem. Foi só uma queda de pressão mesmo. Ela está bem.

Marco respirou, aliviado, colocando as mãos no rosto. Rita olhou para Teo e Aldo e sugeriu:

- Meninos, vão se trocar logo. O casamento é em duas horas. Vão.

- A gente vai nessa, Marco! Até mais, disse Teo, batendo na mão dele.

- Até... Pegou as alianças, Teo?

- Peguei, fica tranquilo. Te espero no ap.

Quando eles se afastaram, Marco encostou-se na parede e olhou para Rita, apreensivo ainda.

- Foi só isso mesmo? - ele perguntou.

- Foi... graças a Deus. Nervoso também provoca enjoo, dor de cabeça e outros trecos. Fica tranquilo. Ela ficou só um pouco nervosa com tudo isso.

- A última coisa que eu precisava agora é que ela estivesse...

- Quem sai na chuva é pra se molhar, amoreco... Rita disse, dando tapinhas no rosto dele.

- Onde é que estão meu pai e o professor? - ele mudou de assunto

- Foram com o dono do bufê, pegar o bolo e as bebidas.

O médico saiu do quarto e olhou para ele.

- Como é que ela está, doutor? - Marco perguntou, querendo se certificar do estado de Amanda.

- Foi só uma queda de pressão mesmo. Tensão, nervosismo. Toda noiva que se presa sente essas coisas. Em uma hora ela estará bem. Vai poder se casar direitinho. Meus parabéns, Marco!

- Por quê? - ele perguntou, ressabiado.

- Sua noiva é muito bonita!

- Ah...! Obrigado... Também acho...

O médico apertou a mão dele se foi e Rita foi acompanhá-lo até a saída. Marco entrou no quarto e Amanda já estava acordada. Laila levantou-se da cama e disse:

- Vou fazer um chazinho de ervas pra você, filhota. Descanse um pouquinho. E você, menino, devia ir se trocar!

- Já vou, mãe...

Laila saiu do quarto. Marco sentou-se ao lado de Amanda e segurou sua mão.

- Está melhor mesmo?

- Estou.

- Eu já estava com o coração na boca, Mandy! Que susto, gata!

Amanda riu.

- Já pensou se fosse?

- Nem brinca! A gente não pode ter filho ainda.

- Eu até que queria... ela diz, sorrindo.

- Maluquinha… Vamos dar um tempo pra gente curtir primeiro, ele disse, beijando-a.

Ela passou a mão pelos cabelos dele. Marco recostou a cabeça no peito dela e fechou os olhos, respirando, aliviado.

- Você precisa ir se trocar, ela disse.

- É...

Ele ergueu a cabeça e a beijou novamente.

- Até daqui a pouco... te amo...

- Também te amo. Vou chamar alguém pra ficar aqui com você. Te vejo no altar.

Ela sorriu e ele saiu do quarto.

SUSTO

PARTE II

DEUS ABENÇOE A TODOS

QUE ELE ABENÇOE NOSSOS ANJOS DA GUARDA HUMANOS

NÓS O TEMOS... ACREDITEM!

Velucy
Enviado por Velucy em 08/11/2018
Código do texto: T6497382
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.