AMANDA IV - REVELAÇÃO VI - PARTE 3

III – REVELAÇÃO

Amanda ficou olhando por alguns segundos para Marco e deu as costas, indo para o banheiro. Ele sentou-se pesadamente no sofá e enterrou as mãos nos cabelos, querendo que a terra se abrisse para ele entrar. O olhar dela para ele cortava seu coração e não saía de sua mente.

Ele ia ficar sentado ali até que ela voltasse. Não tinha coragem de fazer nenhum movimento até que a realidade parasse e Amanda dissesse que aquilo tudo tinha passado. Que tudo estava bem de novo. Colocou as mãos no rosto e esperou.

Os quinze minutos que se passaram pareceram horas. Ele a ouviu sair do banheiro, entrar no quarto e fechar a porta. Meia hora depois, Amanda voltou já trocada, cabelos molhados e se sentou na mesinha de centro, diante dele. Os olhos dela olhavam para ele com tristeza. Marco olhou para ela tentando vasculhar em seu rosto algum sinal de perdão ou pelo menos de compreensão.

- Você tem ideia do que você fez comigo, Marco? - ela perguntou.

- Me perdoa... Se você não me perdoar... a minha vida acaba aqui. Eu não tenho mais por que viver, Amanda. Me perdoa... por favor.

Ela passou a mão por seu rosto e Marco fechou os olhos. As lágrimas rolaram pelo rosto dele. Ele segurou sua mão e beijou a palma. Amanda o abraçou e ele escondeu o rosto no ombro dela, chorando ainda mais.

- Me perdoa... Me perdoa... Eu não sei viver sem você.

- Não sei se eu posso também, ela disse, também chorando.

Marco beijou muito seu rosto e sua boca.

- Eu só falei de você o tempo inteiro que estive com a Rita. Ela sabe que cada pensamento meu sempre foi pra você e sempre amou seu pai demais também.

Amanda colocou a mão sobre seus lábios e o fez se calar.

- Não diz mais nada...

Ela o beijou mais uma vez.

- Eu queria passar a vida inteira me explicando...

- Para, Marco! Não fala mais nada...

- Eu preciso te pedir uma coisa, se é que ainda tenho algum direito.

- O quê?

- Não olha a Rita diferente a partir de agora, não. Ela é a mulher mais incrível, inteira e totalmente do bem que eu conheço. Nunca teve intenção de magoar ninguém, nem o teu pai e muito menos você. Ela só quis me ajudar. Se alguém teve alguma culpa nisso tudo, fui eu. Só eu. Não deixa essa história sair desse apartamento, por favor. Seu pai não merece isso, nem ela. Ela está realmente muito chateada com tudo isso...

- O Roni sabia dessa história?

- Não. Ele só tem inveja da minha relação de amizade e de amor com ela... porque isso eu não vou poder negar nunca pra você. Eu amo a Rita... como minha amiga, como minha mãe, como minha prima e irmã... mas não tem nada a ver com a relação doentia que o Roni tem na cabeça.

Amanda sentou-se ao lado dele no sofá. Marco beijou sua testa longamente.

- Quando eu respondi que não tinha tido nada com ninguém além da Bete, foi a mais pura verdade. A Bete foi... como uma tempestade tropical que passou pela minha vida. Foi gostoso de sentir, me ensinou alguma coisa e aliviava um lado meu que estava começando a acordar; a Rita só fez acalmar a chuva que tinha recomeçado em mim e da qual eu tinha que proteger você pra não te machucar. Mas era com você que eu queria estar. Sempre foi com você.

Amanda percorreu o rosto dele com os olhos, sem dizer nada.

- Quando a gente transou... pela primeira vez... dois meses antes do casamento... eu tive a certeza... de que era só isso que eu queria: você do meu lado pra sempre. Só reforçou a minha teoria de que... você tinha nascido pra mim. É você que eu quero... sempre.

Ela se abraçou a ele, tranquila, e Marco sentiu o mundo voltar a rodar em volta deles.

- Não me deixa falando sozinho. Diz pra mim que eu não estou falando um monte de verdades vazias, unilaterais. Diz que sente a mesma coisa...

- Eu sinto...

Ela voltou a olhar para ele nos olhos.

- Era só isso que eu queria ouvir.

- Eu te amo... Foi esse Marco que eu conheci e, por um momento, eu pensei que ele tivesse ido embora...

- Nunca... Ele vai morrer do teu lado.

Amanda sorriu e passou a mão por seu rosto.

- Prefiro que ele viva do meu lado.

- Ou isso... ele disse, sorrindo também. – Você escolhe.

Ele a beijou. O telefone tocou. Marco foi atender. Era Rita.

REVELAÇÃO

PARTE III

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS

SEJAMOS, TODOS, LUZES NA ÁRVORE DE NATAL DO CRISTO!

OBRIGADA SEMPRE

Velucy
Enviado por Velucy em 03/12/2018
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