O diário de Ana Capítulo I

O diário de Ana

Naquele pequeno casebre, havia uma placa escrito aluga-se, tratar com Sr Cornélio e também telefones para contato.

De cara me interessei, eu passei na faculdade cheguei na cidadezinha sem muita grana, precisava economizar. Imaginei, que devia ser barato uma casa pequena caindo aos pedaços. De súbito marquei os contatos no meu celular e já resolvi ligar na expectativa que o tal Sr Cornélio ainda não tivesse alugado o casebre para ninguém.

Qual foi minha surpresa? Inesperada, pois o homem me atendeu na primeira chamada e disse que já estava a caminho, até exclamou:

-Bela providência!

Não passou dez minutos e lá estava o Sr Cornélio, um homem de estatura mediana, careca de óculos, as sobrancelhas franzidas dando um ar aparente de cansaço.

-Boa tarde meu caro, foi você que me ligou agora pouco?

-Foi sim, acabei de chegar a cidade, passei na faculdade, preciso de um lugar pra ficar.

O Sr Cornélio observou minuciosamente as palavras e o traje do moço, viu que era sincero e disse.

-Pois bem, você está com sorte, quero sim alugar está casa e já faz um tempo.

Os dois se entreolharam o Sr Cornélio então já foi informando o preço as condições e tudo mais. Carlos ficou estagnado com o valor do aluguel, pois foi três vezes mais barato do que calculou. Por isso nem terminou de ouvi-lo já foi apertando sua mão e dando impulso para poder conhecer sua nova moradia temporária.

Ao entrar na casa, outra surpresa, tudo estava limpo e organizado, o chão encerado e o banheiro com cheirinho de limpeza, dando um ar de que acabara de ser limpo.

Contradição, ironia? Foi o que passou pela cabeça de Carlos ao adentrar na casa, pois se do lado de fora a casa estava caindo aos pedaços por dentro estava novinha em folha.

Logo ao entrar podia-se avistar uma saleta muito simpática, detalhe, a casa já estava mobiliada, todos os móveis em seu devido lugar, e em perfeito estado, como isso?

Bom, não quis questionar o Sr Cornélio pois o mesmo logo foi endagando:

-Se não importar gostaria que mantivesse os mesmos móveis.

-Ha, sim claro, até agradeço, nem tinha móveis para trazer, teria que compra-los numa casa de usados talvez, ressaltou Carlos.

Bom, ambiente apresentado, chaves entregue, o Sr Cornélio se despediu dizendo que passaria todo começo de mês para receber.

Pronto, ok, já aluguei a casa simples assim, pensou Carlos se espatifando no sofá que por sinal muito confortável.

Ficou curioso para conhecer os quartos, subiu a escada apressado e se deparou com um pequeno corredor, la em cima constavam dois quartos um maior e o outro bem pequeno, automaticamente ele pensou, ficarei no quarto maior, ao adentrar no quarto teve uma grande surpresa, os detalhes do local eram rosa, haviam uma cama, um criado mudo e um roupeiro bem pequeno. Carlos era muito curioso e com sua visão de raio x foi observando todos os traços daquele quarto.

Foi quando ele se aproximou de um taco no chão que não estava bem encaixado, abaixou e tentou de várias maneiras colocar esse em seu devido lugar, não conseguiu, foi quando percebeu que aquele pequeno taco não era igual aos demais, ficou intrigado e sem pensar levantou o taco e apalpou uma camada fina de terra, de súbito começou a cavucar a terra com suas próprias mãos então sentiu algo mais rígido e extraindo mais um pouco de terra, deu para avistar um pequeno livro. Carlos de tão curioso foi folheando as páginas percebendo que não se tratava de um livro e sim de um diário.

Continua...

Patrícia Onofre
Enviado por Patrícia Onofre em 12/12/2018
Reeditado em 03/08/2021
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