AMANDA VI - DESPEDIDA IX - PARTE 2

II – DESPEDIDAS

Na manhã da viagem de Marco ao Rio de Janeiro, ele acordou e olhou para Amanda, dormindo ainda. Ergueu o corpo e o apoiou no travesseiro, olhando para ela, ainda adormecida. Depois beijou sua boca suavemente e se levantou, indo para o banheiro tomar seu banho. Trocou-se, procurando fazer o mínimo de barulho e colocou a mala junto da porta da sala para não ter trabalho depois. Foi para a cozinha, fez e tomou um café rápido e voltou para o quarto. Amanda estava acordando; olhou para ele, sonolenta e perguntou:

- Você já vai? Por que você não me acordou?

Ele foi sentar-se junto dela e a beijou.

- Continua dormindo...

- Eu queria ir com você pro aeroporto.

- Claro que não, maluquinha. A Dalva deve estar chegando e vai ficar com você

Amanda ergueu-se, sentando na cama.

- Você não ia se despedir de mim?

- A gente tem feito isso todos os dias desde que eu soube que ia viajar. Eu detesto despedida, você sabe disso. A gente não vai se despedir, vai só dar tchau aqui mesmo.

Ela notou que ele estava triste e o abraçou forte.

- Eu vou morrer de saudade, ele disse.

- Não, não vai... Eu te quero de volta.

Marco sorriu entre as lágrimas, afastou-se dela e lhe beijou a testa.

- Eu ligo de lá quando chegar. Só que vou ligar pra casa do meu pai. Quero que você fique lá todo o tempo, ok? Como a gente combinou. Ou na casa do seu pai. Não quero você aqui sozinha nunca, enquanto eu estiver no Rio. E se eu não ligar, pede pra alguém me dar notícias de você, qualquer pessoa, todo dia, tá bom? O telefone está na agenda na sala. Leva ela com você.

- Está certo.

Ele a beijou novamente, apaixonado.

- Se cuida, namorada.

- Você também. Arrasa por lá, gato.

Marco tocou sua barriga.

- E vocês dois, juízo, e não deem trabalho pra mamãe, hein? Vou sentir falta... dos dois. Tchau.

Ele beijou sua barriga e ela mais uma vez e a abraçou forte.

- Te amo... pra sempre...

A campainha tocou e ele disse:

- Deve ser a Dalva... Tchau, amor. Fica com Deus.

- Vai com ele...

Ele levantou-se e saiu do quarto. Choravam os dois.

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Naquele mesmo dia, Amanda recebeu a visita de Maria Eugênia em casa. E as duas conversaram muito. Maria Eugênia tentou consolar a tristeza dela.

- Você está tristinha porque o Marco foi pro Rio hoje, não é?

- É, mas vai passar. Eu sei que ele está indo pra trabalhar e volta logo.

- Isso mesmo. Garota corajosa. Teu marido vai fazer o maior sucesso lá no Rio e logo volta mais apaixonado ainda por você.

- Eu sei... Ele me falou que você veio pro Brasil não só pra ver seus pais e a Rita, mas... pra levar o Roni pros Estados Unidos.

- É... ela disse, abrindo um sorriso maroto, deitando-se aos pés da cama onde as duas estavam conversando..

- E você já conseguiu conversar com ele?

- Já. E eu vou vê-lo de novo hoje à noite e, conforme seja, amanhã, a Rita vai trazer uma coisa pra você.

- Uma coisa? Que coisa?

- Uma surpresa. Não vou dizer ainda. Não fique ansiosa nem nervosa, pode não te fazer bem. Só tenha certeza de que é uma coisa boa. Só espera pra ver. Mas eu espero que logo, logo vocês dois fiquem livres do gatinho rebelde. O Marco falou que me prometeu a sua filhota pra eu batizar?

- Falou. E eu achei muito justo.

- Estou tão curiosa pra vê-la, ela disse, tocando a barriga de Amanda. - Pena que eu não moro mais no Brasil, senão ficaria aqui até dezembro pra esperar os dois nascerem.

- Talvez não chegue até dezembro... Amanda disse, acariciando a barriga.

- Como assim? Como não? – perguntou Maria Eugênia preocupada.

- Eu não falei nada com o Marco porque ele já estava preocupado em ir pro Rio e me deixar sozinha aqui, mas meu médico quer fazer o parto antes dos nove meses. Talvez no final desse mês...

- Sério? Gente! Mas está tudo bem com você e com eles?

- Está, mas o doutor Arnaldo acha que a menina é muito pequenininha e mais frágil. Ele acha melhor tirar os dois e cuidar deles aqui fora. Ele acha que ela não aguentaria até o fim da gravidez.

- Meu Deus...! Mas ela vai ficar bem, sim. Vocês dois são saudáveis e vai dar tudo certo.

- Vai, eu sei que vai.

- Mas o Marco não vai ficar zangado se os bebês nascerem sem ele aqui? Eu ficaria...

- Mas eles não vão nascer sem ele aqui. Quando o médico marcar a cesariana, eu vou pedir pra alguém ligar pra ele e ele vem.

- Ah, bom, mas vai dar tudo certo.

DESPEDIDAS

PARTE II

UM ANO NOVO DE REALIZAÇÕES A TODOS!

FÉ E OTIMISMO SEMPRE!

OBRIGADA! FELIZ 2019!

DEUS TENHA O CONTROLE DE NOSSAS VIDAS

Velucy
Enviado por Velucy em 29/12/2018
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