AMANDA VII - MANDY (1999/2000) I - PARTE 3

III – MANDY (1999/2000)

Logo estavam todos os três, Lupe, Letícia e Mariana, trocados nos uniformes da escola e tomando café, juntos na cozinha.

- Você está abatido, filho, disse Dalva. - O que é que você tem?

- Eu não dormi direito, Dalva. Não é nada, não.

- Posso ir lá em casa, hoje, Marco? - perguntou Mariana.

- Fazer o quê? Não tem ninguém, lá.

- Quero pegar minha bicicleta e meu jogo de xadrez.

- Usa a da Amanda e aqui também tem um jogo de xadrez.

- Estou com saudade do meu quarto.

- Eu vou fazer uma réplica do seu quarto do lado do quarto da Dalva aqui em casa, assim você não reclama mais. Eu te levo lá, hoje à tarde quando chegar da agência, combinados?

- Combinados, ela disse.

O telefone tocou. Marco foi atender.

- Alô.

- Marco, sou eu, Guilherme.

- Bom dia, doutor. Como vai?

- A Amanda ligou pra mim de madrugada, aqui no hospital. Disse que você estava sentindo dores de cabeça.

Marco olhou para a mulher e balançou a cabeça.

- É... Mas não é nada tão sério. Eu já estou bem.

- Mas seu histórico médico nunca registrou dores de cabeça fortes como ela disse que você sentiu. Olha, eu estava indo pra casa agora. Meu plantão acabou há quinze minutos, mas eu vou te esperar e te examino ainda hoje. Vem pra cá agora.

- Não precisa, Guilherme.

- Se você não vier, a Amanda não vai me perdoar. Eu conheço a sua gata de olhos verdes. Vem, vai ser rapidinho. Não custa.

- ‘Tá bom. Eu chego aí em quinze minutos.

- Estou te esperando. Até mais.

- Até...

Marco desligou o telefone e já viu Amanda olhando para ele na porta da cozinha.

- Eu vou, mas só pra te provar que eu não tenho nada.

- Ótimo! - ela disse, aproximando-se dele e beijando-o. – Mas vá. Eu vou ficar mais tranquila.

Luís Felipe aproximou-se dele correndo e se agarrou em suas pernas.

- Pronto! Já vamos, pai?

- A Dalva vai levar vocês.

- Não, eu quero ir com você.

- ‘Tá bom! Eu levo, mas só hoje, porque eu não vou pra agência agora.

- Eba! - disseram os três.

Marco beijou Amanda de novo e Dalva. As crianças despediram-se das duas e saíram com ele. Marco as deixou na escola e foi para o consultório de Guilherme.

Lá, foi examinado pelo médico, que era clínico geral, e fez os exames necessários dos quais saberia o resultado no dia seguinte. No final da consulta, se vestindo no consultório, ele perguntou:

- O que você achou?

- Nada, não sou eu que vou dizer, são os exames. Mas foi bom você vir. A Amanda tem razão: dor de cabeça em quem nunca teve dor de cabeça é preocupante. Não custa verificar. Amanhã você passa aqui e pega os resultados ou pega pela internet, tanto faz, mas se quiser passar aqui e já conversar comigo pra ganhar tempo e ficar livre de preocupação e sossegar a Amanda... vou estar aqui até as oito.

- Legal, eu passo aqui amanhã.

- Nem perguntei. Como estão os gêmeos?

- Lindos! Mas eu sou muitíssimo suspeito, você sabe.

- Não vai providenciar outros não?

- Eu até quero muito, ela também, mas a Amanda está com muito trabalho na AR&MAR e eu não quero sobrecarregá-la. Está numa campanha de “langerrie” que dura pelo menos seis meses. Não é fácil e a Letícia vai fazer um comercial de roupas infantis com o Lupe e a Mariana que ela está coordenando também.

- É chato ter família bonita, não é, amigo?

- Nem fala. Bom, deixa eu ir. A gente se vê, amanhã.

- Não esquenta, não. Vai dar tudo certo.

- Claro que vai. Tchau.

Já no carro, Marco pegou o celular e ligou para Amanda.

- Oi, namorada!

- Oi, namorado. Terminou?

- Estou saindo do consultório do Guilherme. Não se preocupa mais, ok? Vou passar aqui pra pegar o resultado e conversar com ele, amanhã. Fica tranquila, está tudo bem.

- Se Deus quiser! Sua mãe ligou pra mim. Disse que está tudo bem também e os dois voltam no domingo. Te mandou um beijo grande.

- Legal. Estou morrendo de saudade dela e do pai. A Mariana também não aguenta mais. Está tudo bem, aí na agência?

- Na correria de costume, mas está tudo bem.

- Vou desligar. Está um trânsito ferrado, mas eu logo estou aí.

- Não precisa correr. Eu te espero, beijo. Te amo, namorado... muito.

- Também te amo, namorada. Tchau.

MANDY – 1999/2000

PARTE III

Eu acredito que DEUS TENHA O CONTROLE DAS NOSSAS VIDAS...

e depois dele... NÓS MESMOS.

Vamos fazer o que é certo e bom pra nós e para o próximo.

Velucy
Enviado por Velucy em 04/01/2019
Código do texto: T6542491
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