Q.B. - QUERO BEIJAR A NOIVA! - PARTE 19

XVI - QUERO BEIJAR A NOIVA!

And when the preacher said: “Is there anyone here

Gotta reason why they shouldn’t wed?”

“Kiss the bride” – (Álbum Too Low For Zero – 1983)

E a turnê continuava. A Europa, mais precisamente a Irlanda, Escócia e a Inglaterra continuavam deleitando-se com a imensa carga de energia que o baixinho de Pinner conseguia colocar em cima de um palco, ainda mais ajudado pela força e amizade de seus antigos e eternos amigos de sua banda, com o auxílio luxuoso do tecladista/guitarrista Fred Mandel.

A cada show eles apareciam crescer em coesão, harmonia e poderia se dizer até um toque de transmissão de pensamentos. Os mais eufóricos críticos diziam que “coisas antigas soavam como novas nas mãos e na voz de Elton e sua banda”; os mais ferinos diziam que “as novas soavam como antigas”. Mas em geral, o povo gostava, Elton divertia-se e os ingressos esgotavam. Pra que brigar?

Ele esteve do dia 15 de junho em Belfast, 16 em Dublin, 18 e 19 em Leeds, 20 e 21 em Edimburgo, 23 em Birmingham e no dia 30 tomaria o Wembley de assalto em Londres.

Esse show foi gravado ao vivo para ser posteriormente comercializado em vídeo no mundo inteiro. Antes do show, Elton deu uma entrevista à MTV. Depois, vestido num terno preto e branco (ambos, calça e paletó, metade esquerda de uma cor e metade direita de outra!), chapéu panamá branco e sapatos brancos, além do brinco de brilhante na orelha direita, entrou no palco do estádio lotado com as 72 mil pessoas que vieram para ouvi-lo.

Os rapazes da banda vestiam-se de forma descontraída, mas elegante: Davey de camisa rosa e calça branca; Dee todo de branco; Nigel com seu inseparável macacão de corredor de Fórmula 1 e as luvas de couro pretas; Mandel num sóbrio terno marrom.

Sentando-se ao piano, Elton anunciou e iniciou o show com seu próprio tema “Hercules” que transformou-se num rock de primeira com a ajuda de Fred Mandel na guitarra, ao lado de Davey. Depois foi a vez de “Rocket Man” e Mandel voltou para os teclados porque os solos agora seriam indiscutivelmente de Davey que conhecia a canção como ninguém, no que se referia aos acordes da guitarra; em “Daniel” foi a vez dele no violão com a interpretação impecável de Elton. Depois dela, debaixo de toda euforia que já tomava conta de Wembley, Elton anunciou:

- Esta é uma canção do nosso novo álbum. Primeiro lado, primeira faixa.

E iniciou “Restless”, numa versão forte, cortante e a voz dele estava tão firme como nunca.

“Candle in the Wind” amenizou o ambiente para voltar novamente a animação com “The bitch is Back” que ele fez questão de introduzir indo para o meio do palco e batendo palmas, ativando todos os circuitos da platéia e ninguém ficou parado.

E a festa continuava. Apresentou “Sad Songs” do novo álbum que já estava se tornando um novo hit, recordou a emoção de “Don’t let the sun go down on me”, arrasou com “Benny and the Jets” e jogou o banquinho longe (era muito grande para ser chutado!), dançou feito criança diante dos fãs e fez um solo imenso, deixando a galera maluca, dizendo para si mesma: “O homem realmente entende da coisa!” E ele entendia, porque tocou até o que não pertencia a seu repertório e mostrou o que mais amava fazer.

O banquinho voltou e ele voltou também para, mais calmo, interpretar a tocante “Sorry seems to be the hardest word”, sua canção favorita e que não se cansava de dizer ser aquela a letra preferida para ele, de todas feitas por Bernie Taupin. (na verdade, ela era mais dele mesmo que de Bernie, confessaria mais tarde!)

Em “Blue Eyes” fez uma mixagem inteligente com “I guess that’s why they call it the blues”, terminando esta com o final daquela. Uma homenagem (não sei se proposital) aos olhos azuis de Renate (ou de Vance) e à paixão de Bernie por Toni Russo. Intencionalmente ou não, a combinação ficou gravada na mente de todo felizardo que teve a oportunidade de ouvi-la.

Para “Too low for zero”, Mandel programou a bateria eletrônica e Nigel foi para frente do palco ficar com Dee e Davey e o baterista e o baixista utilizaram-se da duplicidade de sentido do título da canção para fazer sinais com as mãos que a platéia repetia. Dois – abaixo – quatro – zero. A impressão que se tinha era que qualquer coisa que eles fizessem ali sobre o palco seria imitada tal era a animação e alegria da banda e de Elton.

Em “Kiss the Bride” cada vez que cantava o refrão “I wanna kiss the bride, yeah!” Elton pulava no banquinho e todo mundo fazia o mesmo. Eram apenas 72 mil pessoas colocando abaixo o gramado e as arquibancadas ao dar um pulinho daqueles! E o dono da festa divertia-se até mais que eles, assim como seus músicos.

Elton trocou a casaca por uma vermelha e o chapéu, panamá ainda, com uma fita também vermelha para terminar o show.

“I’m still standing”, “Your Song”, “Saturday night’s alright for fighting”, “Good bye yellow brick road” e “Crocodile Rock” reforçaram o time de sucessos e se eles ficassem mais duas ou três horas ali, ninguém perceberia que estariam saindo de um estádio de futebol pouco antes da meia noite.

Elton deu o bis fazendo uma miscelânea de canções antigas e famosas como “I saw her standing there” e “Twist and Shout”, para citar algumas dos Beatles que todo mundo ajudou a cantar nos “uuus” e “aaas”. E mais uma vez... deixou todo mundo tonto e em êxtase.

No dia 18 de junho daquele 1984 havia sido lançado o álbum “BREAKING HEARTS” cuja turnê estava em curso.

Breaking Hearts – Lado A

Restless

Slow down Georgie (she’s poison)

Who wears these shoes?

Breaking Hearts

Li’l refrigerator

Lado B

Passengers*

In neon

Burning Buildings

Did he shoot her?

Sad Songs (say so much)

* Composta por Elton John, Bernie Taupin e Davey Johnstone.

XVI - QUERO BEIJAR A NOIVA – PARTE 19

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

VAMOS SAIR DESSA MAIS FORTES!

SAÚDE E PAZ AO MUNDO!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 09/04/2020
Código do texto: T6911138
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