QUEBRANDO BARREIRAS - GELO NO FOGO - PARTE 20

XVIII - GELO NO FOGO (ICE ON FIRE)

“You can’t shoot down the moon, some things never change…

...You can build a bridge between us, but the empty space remains.”

“Shoot down the moon” – do Álbum “Ice on Fire” de 1985

Pronta a canção, faltava apenas mostrá-la a Tina Turner e a oportunidade foi no show da cantora no estádio de Wembley. Elton estava lá nos bastidores para assistir e entrou no palco para lhe entregar flores.

Os dois cantaram juntos a canção “Dancing in the Dark” sucesso de Bruce Springsteen. Depois do show, ele mostrou a canção a Tina, mas infelizmente ela recusou-se a gravar com ele por ter outros compromissos. Desapontado, sim, mas não vencido, Elton tratou de passar sua ideia adiante e procurar alguém do mesmo estilo de Tina, mesmo que não tão famosa.

A solução veio rápido: Millie Jackson estava também em Londres e ele a contatou logo que soube disso.

Millie era uma cantora negra de sucesso na Inglaterra e na América e tinha voz forte, áspera, como a de Tina, bem adequada aos planos dele.

Millie aceitou de pronto.

No início do mês de março, Elton foi à entrega do Prêmio Ivor Novelo da Academia Britânica de compositores e, além de ser premiado, entregou a George Michael, do Wham! o prêmio de melhor cantor e compositor. Para Michael aquilo era a verdadeira glória, pois não escondia de ninguém que Elton era seu primeiro e maior ídolo. Receber das mãos dele seu prêmio era a maior emoção que poderia sentir na vida. Depois da festa, a sós com Elton, George externou sua emoção.

- Eu nem sei como agradecer, Elton.

- Não é a mim que você tem que agradecer. É a Academia. Eu só quis entregar porque achei que você merecia. E como vocês dois, você e o Andrew, não escondem a admiração que sentem por um velho pianista ultrapassado... ele disse, brincando e rindo em seguida.

- Ultrapassado? Deus do céu! É claro que perto de você eu me sinto um bebê em termos de música, mas ultrapassado não é a palavra para definir Elton John. Você é o deus do pop. Um grande pianista. O maior compositor que eu já conheci. É claro que... estou falando como fã, mas sei que você sabe que não se define apenas com palavras melosas de um fã. Você sabe do seu talento. Não diga que está ultrapassado.

Elton sorriu, embaraçado com tantos elogios.

- Bem... Já que é pra jogar confete... fique sabendo que eu sou... fã do meu maior fã.

George sorriu um largo sorriso.

- Você vai estar no Live Aid? – perguntou.

- Eu já ouvi falar, ele brincou. - Acho que sim. Fiquei de conversar com Bob sobre isso, mas ele anda tão requisitado que... todos que estão na festa o cercam de todas as formas.

- Eu achei a ideia fantástica, embora maluca! Reunir dezenas de astros da música no mesmo dia e em lugares diferentes de dois lados diferentes de um oceano é demais pra qualquer cabeça imaginar.

- A causa é justa, mereceria muito mais. É só pensar que vai dar certo... e vai! A gente quando quer consegue! A música consegue chegar a lugares que nem imaginamos, querido, e essa gente precisa da nossa ajuda. Vai dar certo. Bob é muito inteligente.

George concordou sorrindo.

- Escute, eu vou começar a gravar meu novo álbum no final do mês que vem. Apareça no estúdio. Podemos tentar... cantar alguma coisa juntos, o que você acha?

Os olhos de George brilharam.

- Sério?

- Por que eu brincaria com você? Amo seu timbre de voz. Foi sempre o jeito que eu gostei de cantar, até aprender a usar minha voz... como deveria.

- Eu sei... Tom Bell fez um ótimo trabalho com você, George disse e cantou o primeiro verso de “Blue Eyes”, de modo bem grave.

Elton riu.

- Pois é, os graves eu já tenho. Preciso dos seus agudos.

- É só dizer quando vai ser e eu estarei lá.

E eles ficaram combinados. Ainda durante a festa, Elton convidou John Deacon e Roger Taylor, do grupo Queen, para tocarem com ele também. Os rapazes aceitaram.

Como não poderia deixar de ser, engendrou-se depois numa longa conversa com Bob Geldof e o líder do Boontown Rats reforçou o convite para a participação no maior concerto de rock do mundo: o Live Aid, em favor do povo faminto da Etiópia que estava em situação muito precária. Elton estava realmente empolgado com o acontecimento, assim como vários artistas famosos da Inglaterra, como ele.

Bob já havia conseguido recrutar vários como David Bowie, Sting, Phill Collins, Paul MacCartney e outros. Grupos como o U2, The Who e Queen também estariam lá.

Se tudo desse certo como Bob e os demais organizadores do evento esperavam, o Live Aid seria o maior acontecimento musical da década, reunindo dois continentes, Europa e América no Norte num único propósito: fazer caridade usando a força da música como instrumento.

XVIII – “GELO NO FOGO” – PARTE 20

É OUTONO AINDA, MAS ELE VAI SER AMENO...

SAÚDE, RESPEITO E PAZ AO MUNDO!

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 22/05/2020
Código do texto: T6954621
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