LEONEL III - SUICÍDIO - CAPÍTULO 15

CAPÍTULO XV – SUICÍDIO

Leonel sentiu novamente um arrepio estranho no corpo.

- Para com isso.

Leandro apareceu na porta da cozinha e avisou:

- Leonel, telefone pra você. O delegado.

O rapaz estranhou. Olhou para Floyd e ergueu-se para ir atender ao telefone. Floyd olhou para Leandro significativamente e o rapaz retribuiu o olhar, mas entrou de novo na casa sem dizer nada.

Na sala, Leonel atendeu ao chamado...

- Alô!

- Leonel Marques?

- Ele...

- Aqui é o delegado Sampaio. Eu estou acompanhando as investigações do seu caso...

- Eu sei quem é o senhor... Leonel o interrompeu. - Como vai?

- Lamento estar importunando você... Eu sei que você está tentando descansar, mas... eu estou com seu pai aqui comigo na delegacia. Eu quis avisá-lo pessoalmente de uma ocorrência que recebemos hoje...

- Que ocorrência? Se meu pai está aí, ele mesmo não podia ter me comunicado?

- Eu só não chamei você também até a delegacia, justamente porque tem sido bem cansativo os depoimentos que você tem prestado, mas seu pai achou que seria bom que eu ligasse pra você e contasse pessoalmente o que aconteceu. Houve a ocorrência de um suicídio no apartamento de um rapaz chamado... Teodoro Fontes Júnior. Sabemos que ele é seu amigo, certo?

- Não conheço ninguém com esse nome...

- Seu pai me disse que o deixou com você aí na sua casa. Ele tem o apelido de... Floyd.

Leonel olhou para a direção da porta da cozinha e pensou em Floyd. Não sabia o nome verdadeiro dele.

- Floyd... É... Ele é meu amigo, mas... eu não sabia o nome verdadeiro dele. Ele está aqui comigo, sim.

- Pois é... O rapaz chamado Gilberto Dias, que atende pelo apelido de Gil, foi encontrado morto hoje cedo no apartamento dele.

Leandro estava por perto. Floyd apareceu na porta da sala. Leonel olhou para ele, chocado. Quase não conseguiu falar.

- Morto?... Como?... O senhor disse... suicídio?

- Na verdade foi overdose de cocaína. Havia uma carta ao lado do corpo e ele cita o nome do tal de Floyd e o seu. Ele conta como foi o ataque a você e os nomes dos dois culpados. Se o Teodoro Fontes estiver aí, por favor, peça a ele que venha à delegacia e, se puder, venha com ele. É do seu interesse também.

- Eu vou sim... Obrigado, doutor Sampaio...

- Obrigado a você e... até logo.

Leonel desligou o telefone, pálido. Teve a sensação de que ia cair e procurou sentar-se na poltrona próxima. Leandro aproximou-se dele.

- Que foi, cara? Que aconteceu?

Leonel não respondeu. Floyd notou a palidez do amigo.

- O que foi, Leo? Você está branco...

- O Gil...

- Que tem o Gil?

- Ele está morto... O Gil está morto, Floyd...

Os olhos de Floyd arredondaram-se e brilharam, atônitos.

- Morto?

- O delegado ligou pra cá pra me avisar e... procurando por você. Meu pai está lá com ele e disse que você estava aqui. Ele quer ver nós dois lá.

- Eu ouvi você falar em... suicídio? – Floyd disse com voz sumida.

- Ele se matou... no seu apartamento... Overdose... Doutor Sampaio quer a gente na delegacia... Acho que, no último momento... ele se arrependeu do que fez e... deixou uma carta contando quem foi que fez aquilo comigo...

Floyd sentiu mais tristeza do que medo de estar implicado com a morte de Gil. Seus olhos encheram-se de água, mas ele conteve o choro e olhou para Leandro. O rapaz baixou os olhos e saiu da sala. As mãos de Floyd tremiam e ele sentou-se no sofá.

- Suicídio... Que burrice, cara! Por quê?

As lágrimas rolaram por seu rosto.

- Quer ir até lá agora?

- Você não precisa ir, se não quiser.

- O delegado pediu pra eu ir. Disse que é do meu interesse. E é mesmo. Pediu pra eu ir com você.

- Ele deve estar pensando que eu vou fugir... Você pode não gostar do que vai ouvir, Leonel.

- Vou ter que enfrentar isso, não vou? Alguém vai ter que estar lá, se eles te acusarem. Não quero te ver na cadeia por minha causa.

Floyd sorriu entre as lágrimas. Colocou o rosto entre as mãos e lamentou:

- Gil... O que eu vou fazer sem ele...? Não tinha nada que se matar, idiota! Burro! Burro! Burro!

Ele colocou no rosto entre as mãos e começou a soluçar. Leonel aproximou-se dele e o abraçou, tentando dar apoio ao amigo.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) III – CAPÍTULO 15

“SUICÍDIO”

O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,

AMANDO SEU IRMÃO.

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!

BOM DIA E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 02/08/2020
Código do texto: T7023778
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