MANDY V - SUBORNO - PARTE 2

II – SUBORNO

Mariana balançou a cabeça novamente.

- Então diz, Marco insistiu.

- Eu te amo.

- Então vai jantar com a mamãe. Se você comer tudo, depois eu vou te colocar pra dormir.

Ele a colocou no chão e Mariana foi para junto de Laila que a pegou pela mão. Marco acenou para ela que acenou também e foi embora com a mãe.

- Você queria que nosso bebê fosse uma menina, não é? - Amanda perguntou, segurando a mão dele.

Marco olhou para ela, sorriu e beijou sua boca.

- Eu quero o que você tiver aí dentro.

- O doutor Arnaldo falou que eu estou engordando muito. Ele mediu minha barriga e disse que ela está um pouco maior que o normal pra quatro meses.

- E daí? Isso te faz mal? É problema?

- Não... mas se for um só, ele vai ter que me dar uma dieta especial pra eu parar de engordar tanto.

- O que você quer dizer com “se for um só”? É um só, não é?

- Não sei. Você sabe que quando eu fiz três meses, no ultrassom a gente só conseguiu ver um e nem dava pra ver o sexo ainda. Ele quer que eu vá daqui duas semanas pra ver isso e saber o sexo.

- Isso quer dizer que... podem ser dois?

- Talvez...

Marco abriu um largo sorriso e tocou a barriga dela, acariciando-a.

- Você está brincando...

- Talvez... Eu não disse que sim. É só uma hipótese.

Ele riu e encostou o rosto na barriga dela.

- Já pensou? Dois?

- Você vire essa boca pra lá, Marco Antônio Ramalho! A gente não pode ter dois filhos agora. Eu vou ter que deixar a faculdade no segundo ano!

- E o que você quer que eu faça? Dê um dos dois em adoção, se forem dois?

- Não fala bobagem, seu doido! Se forem dois, eles estão ouvindo!

Ele continuou rindo e começou a beijar a barriga dela.

- Dois...! Dois filhos únicos tendo gêmeos! Putz!

- Ainda é hipótese, seu bobo! – ela disse, rindo também e desarrumando o cabelo dele, beijando sua cabeça.

Ao chegar na RR na tarde seguinte, Marco entrou na sala de Rita e a viu revisando as fotos tiradas no litoral.

- Oi, chefinha, ele disse ao entrar, beijando seu rosto.

- Boa tarde, meu lindo. Fiquei sabendo pela Laila que a Amanda não passou bem ontem, o que foi?

- Está tudo bem já. Ela só sentiu dores esquisitas e minha mãe foi com ela no Arnaldo. Bobaginha. Está tudo bem. Essas são as fotos de ontem?

- São. Dá uma olhada...

Marco apanhou todas e sentou numa poltrona, observando-as.

- O cafajeste é uma fera, tenho que admitir... Fotografa bem demais o safado.

- Eu gosto disso em você. Você amadureceu muito. Não perde o profissionalismo nem numa hora dessas.

- Não vou entrar na dele. Ele é que não sabe ser profissional. Não quero cair nessa. Só estou com vontade de quebrar a cara dele. Aquele idiota foi até o nosso apartamento, anteontem.

- Não me diga! – ela perguntou, sentando-se ao lado dele. - E ele disse alguma coisa? O que ele foi fazer lá?

- Não disse nada, ele nunca fala nada que se escreva, mas botou minhocas na cabeça da Amanda. Foi por isso que ela passou mal ontem. Eu estou torcendo pra não cruzar com ele hoje, nem amanhã e se pudesse nunca mais. Será que não tinha um jeito de você mandar o Flávio ou o Kleber fotografarem ele nas pirâmides do Egito, no Saara... no Everest, não? Lá é tão bonito...

Rita riu. Para mal dos pecados, Roni entrou na sala e, ao ver os dois juntos no sofá, perguntou:

- Interrompo alguma coisa?

Ainda olhando para as fotos, Marco balançou a cabeça sutilmente como a dizer: “Ah, meu Deus, não!”

- Entra, Roni, disse Rita, levantando-se com um sorriso amarelo.

O rapaz entrou meio apreensivo e depois de dar uma rápida olhada para Marco, perguntou:

- Podia falar com você a sós, Rita?

Rita olhou para Marco que retribui o olhar e voltou a olhar para as fotos. Ela respondeu:

- Não... O Marco é funcionário da RR e eu não tenho segredo com você. Se for algo profissional, pode falar.

- Bom, é que... eu preciso fazer uma viagem e... preciso de... grana. Queria saber se você pode me adiantar algum...

Rita foi encostar-se em sua mesa e olhou para ele espantada. Marco ergueu os olhos e fez o mesmo e perguntou:

- Como é que é?

- Marco, deixa isso comigo, Rita interrompeu. – Eu converso com o Roni.

- Isso aqui não é a casa da sogra, Marco insistiu.

- É sim, pelo menos da sua, falou Roni, cínico.

Marco se levantou, jogou as fotos no sofá e avançou nele, agarrando-o pelo colarinho e empurrando-o contra a parede.

- Eu não falei mentira nenhuma, falei! – disse Roni. – Ou será que falei.

- Eu não suporto nem ouvir tua voz, sabia?

- Ah, eu devo ter falado sim. Ela não é sua sogra, é sua amante...

- Cala a boca, Roni Lemos, ou eu acabo com você! - Marco disse entre dentes.

Rita se aproximou deles e segurou os ombros de Marco.

- Marco, para! Isso não vai adiantar nada!

- Se você me machucar, vai estar muito encrencado, cara. Eu te processo. Me solta!

- Não vou soltar, não. Acho que mesmo que eu quisesse agora, a gana que eu estou de partir sua cara é tão grande que eu não vou deixar pra trás esse prazer.

- Marco, solta ele... por mim... e pela Amanda...

Rita pediu tão calmamente que Marco estranhou. O nome de Amanda causou efeito tão imediato nele que, depois de alguns segundos olhando nos olhos de Roni, o empurrou com força sobre o sofá. Depois foi para junto da janela e tentou acalmar-se. Roni se levantou lentamente, ajeitando a camisa, perguntou:

- Como é, Rita, vai me arrumar a grana ou não?

- Quando você quer?

Marco se voltou e olhou para ela boquiaberto. Não era possível que a prima fosse ceder àquilo.

SUBORNO

PARTE II

MEDITAR É COMO REZAR, ORAR,

CONVERSAR COM O CRIADOR

FICANDO EM SILÊNCIO CONSIGO MESMO

UM FINAL DE SEMANA DE SILÊNCIO MEDITATIVO A TODOS!

OREMOS

PARA QUE A HUMANIDADE JAMAIS ESCAPE DA TERRA

PARA ESPALHAR A INIQUIDADE EM OUTROS LUGARES.

C. S. Lewis

BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 27/03/2021
Código do texto: T7216904
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.