MANDY VI - SETE DE OUTUBRO (DOIS ANOS) 1991 - PARTE 2

II – SETE DE OUTUBRO - (DOIS ANOS) - 1991

Amanda sorriu para Ângela e beijou seu rosto.

- É pra isso que servem os amigos, disse Aldo.

Marco ficou olhando para todos eles e disse:

- Eu não mereço vocês. Eu agradeço, Débora, Ângela... todo mundo... mas não sei não...

- Amor, é uma chance fantástica! – Amanda disse. – Você tem que aproveitar.

- Amanda, eu já falei mil vezes que sou publicitário não modelo...

- Um publicitário que nunca se olha no espelho! – reclamou Ângela. – Pro inferno com a modéstia, Marco! Assume essa cara bonita que Deus te deu, meu amigo.

- É isso aí! – concordou Alba.

- Apoiadíssimo! – juntou Helena.

Teo olhou para Cleo e disse:

- Amor, se você quiser se juntar a elas, não se acanhe por mim. Esse cara precisa de um empurrão e eu sei que você concorda com elas. Pode falar. Prometo que não vou ficar com ciúme.

Cleo sorriu e ia falar alguma coisa, mas Marco antecipou-se:

- Não precisa dizer nada, Cleo, está bom. Está certo! Eu vou pensar mais pra sim do que pra não, certo? Mas ainda vou decidir... pelos meus filhos... ok?

- Bom, já melhorou, disse Alba.

Amanda beijou o marido, aprovando sua decisão.

- Gente, eu estou com sede! - disse Claus.

- Eu também, falou Amanda. – Vou até a sede beber alguma coisa e ver como está meu pai e os seus, amor.

Marco a ajudou a se levantar.

- Quer que eu vá junto?

- Não, fica aí. Vem comigo, Ângela? A gente pede pra algum garçom trazer bebidas e água pra todo mundo aqui, Claus. Acho que as crianças também devem estar com sede.

- Ah, então eu vou também, disse Débora, com Juliana nos braços. – Aldo, fica de olho no Júlio, amor?

- ‘Xa comigo, bem. Se é só olhar... ele disse, brincando, deitando-se na grama, apoiando o corpo no braço e olhando de longe para o filho que brincava na grama com Alice e Mariana.

Débora olhou para ele como se ele fosse uma criança travessa. Balançou a cabeça e afastou-se com Amanda e Alba.

- Ela está tão bonita... disse Bete, olhando para Amanda.

Marco olhou também para a mulher e sorriu.

- Sempre foi, agora triplicou.

- Já sentiu os bebês mexerem, Marco? - Márcio perguntou.

- Já... Às vezes, dá até pra saber quando é um e quando é outro. Quando eu vi os dois pelo monitor do ultrassom na última consulta dela, poxa... meu coração quase para. É um negócio tão fascinante... É diferente de você ver um bebê já nascido, como eu vi o Júlio, a Juliana e a minha irmã... acho que, dentro da barriga da mãe, eles são mais da gente, são mais nossos do que depois que nascem...

- Quando nascem eles são do mundo, já fazem parte do mundo, disse Aldo.

- É...

- Como foi saber que serão um casal? - Claus perguntou.

- Cara, você não tem ideia do que foi isso. No início, a Amanda não queria saber o sexo. Ela não queria nem me dizer que eram dois! Só disse por que minha mãe disse pra ela que eu tinha que me preparar pro baque econômico que a minha conta bancária ia sofrer.

Todos riram.

- Eu ando gastando o dobro do que gastava antes, mesmo sem eles terem nascido ainda. Ela já tinha um enxoval que fez quando descobriu que estava grávida, antes de saber que eram dois. Tivemos que comprar tudo de novo e mais alguma coisa. Outro berço, seis mamadeiras, um milhão de fraldas, quinhentas mil chupetas... Putz! Mas eu ando adorando! Não vejo a hora de ver os dois, segurar no colo... Acho que eu só vou acreditar mesmo que são um menino e uma menina quando eles nascerem. Nem o ultrassom me convenceu ainda.

- O Marco vai pirar! - disse Rubens.

- Já pirei faz tempo, amigo!

- E os nomes, Marco? Já escolheram? – Bete perguntou.

- Já, mas esses não adianta pedir porque eu não vou dizer...

- Ah, não! Diz pra gente vai! – Bete insistiu. – Eu falei o nome da minha bebê pra vocês antes de nascer.

- Eu te agradeço por isso, mas se eu contar, a Amanda me mata. Ela não quer que ninguém saiba. Só depois que eles nascerem. Sinto muito.

- É isso mesmo, Marco, estou contigo, disse Helena. – Um misteriozinho sempre cai bem. Afinal, eles são filhos de duas celebridades. Tem que ter alguma privacidade.

- Não é nem por isso, Helena. É que gestação de gêmeos sempre requer algum cuidado e a gente não sabe o dia de amanhã. A gente nem sabe ainda se a Amanda vai chegar até o último mês. Vocês já viram que ela está bem pesadinha e não devia nem estar andando por aí do jeito que está. Eu estou tranquilo aqui porque ela está com a Ângela e a Débora, mas ela não pode mais ficar andando sozinha. O médico proibiu. Ela nem dirige mais... Como todo cuidado é pouco e eu espero que não aconteça nada até meus filhos nascerem, os nomes deles vão ficar em segredo até dezembro... ou antes...

Todos concordaram com aquela decisão e seguraram sua curiosidade pelos nomes dos bebês do casal.

À noite, pouco antes das sete horas, Marco e Amanda cortaram um lindo bolo ao som de “Mandy” e todos cantaram os parabéns para os dois. Em seguida, o casal comeu um pedaço do bolo e resolveu ir embora mais cedo, já que Amanda precisava descansar, e levaram Laila e Mariana com eles. Todos os pais de crianças pequenas resolveram sair também: Bete foi embora, levando Alice, e Débora levou Júlio e Juliana.

Os demais ficaram para terminar a noite que estava muito gostosa. Sentado numa mesa no salão, Antônio comentou com José:

- Como a gente se engana com os filhos, não é?

José não entendeu e olhou para ele.

- Como? O que você quer dizer com isso?

- Eu achava que o Marco não ia ter cabeça pra cuidar de um casamento como ele está fazendo...

- Eu nunca pensei isso. Ele sempre foi um bom rapaz. Não sei por que você pensa assim.

- É... Nem eu. Agora, o danadinho vai nos dar dois netos, como ele mesmo queria. Ele já tem vinte e um anos... Ele fez tudo que me prometeu...

- Não se esqueça de colocar minha filha nisso, José disse, sorrindo.

Antônio olhou para ele e sorriu também.

- É claro! Desculpe...

José levantou o copo de cerveja e disse:

- Aos nossos filhos!

Antônio ergueu seu copo e completou:

- Aos nossos netos!

SETE DE OUTUBRO - DOIS ANOS - 1991

PARTE II

MEDITAR É COMO REZAR, ORAR,

CONVERSAR COM O CRIADOR

FICANDO EM SILÊNCIO CONSIGO MESMO

SEMANA SANTA DE SILÊNCIO MEDITATIVO A TODOS!

A CRIATIVIDADE É ÚTIL... sempre!

BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 29/03/2021
Código do texto: T7218514
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