Capítulo 59: A herança inesperada (ÚLTIMOS CAPÍTULOS) O SEGREDO DO PORTA-MALAS! Parte final

CONTINUANDO...

Bia após conversar e orientar as meninas tomam uma decisão em relação ao que fazer para ajudá-las a resolver o problema do passado. Maria Luiza e Roberta voltam para reunião mais aliviadas. Na delegacia Gabriela sente que está próxima de desvendar o caso de Sara e os possíveis crimes ocorridos recentemente. O galpão próximo à casa de Sara é denunciado anonimamente.

__ Sinto que essa festa me trará respostas do meu atentado e das mortes que aconteceram, nenhum vilão é tão perfeito a ponto de não deixar pontas soltas. – Dispara a delegada Gabriela intuitivamente.

Pessoas deveriam ter coragem de assumir seus erros, como tem coragem de esconder o seu passado. O galpão tem

uma resposta que procura. -DR-

A delegada então encontra uma denúncia com um recado assinado com a sigla D.R, considerando que seja uma verdade ela decide saber mais sobre a procedência dessa denúncia após a festa do final de semana. Deivid decide aceitar a proposta da delegada em relação ao que sabe sobre sua amiga Sara.

LV retorna as suas atividades com um plano macabro, considerando coloca-lo em prática ele prepara uma surpresa para Sara e seu respectivo grupo. Asena chega no Rio de Janeiro repentinamente em busca de seu primo Piedro, ela por sua vez é uma jovem aparentemente misteriosa, mas que chega com uma missão importante.

__ Ah, finalmente vamos nos encontrar novamente, Piedro. Não sabe o quanto é doce estar de volta! Só estou aqui por conta de um passado que pensou estar enterrado. Seus pais não te contaram essa história? Claro, que não! Não deu tempo, foi mais rápido que eles.

Deivid chama o policial em sua cela e conta que precisa falar urgente com a delegada, pois tomou sua decisão. O policial concorda e o leva para sala de interrogatório. A delegada chega com uma expressão séria, mas tem uma surpresa para o garoto.

__ Doutora Gabi... eu... eu preciso abrir o jogo com você, sobre algo importante do passado. Isso aconteceu há alguns anos. – Conta Deivid respirando fundo.

__ Espera, então aceitou a proposta! Pode falar, Deivid. O que aconteceu? – Responde interessada.

__ É sobre um garoto... na verdade um colega de escola. Eu, Rafa, Gabriel, Maria Luiza e Roberta... Fomos nós que fizemos bullying com ele. Todos nós sabemos disso, mas preferimos esquecer. Fingimos esse tempo todo não lembrar de nada, sei que é horrível. – Continua Deivid ainda que hesitando a história.

__ Vocês fizeram bullying? Não, não consigo acreditar. O que exatamente fizeram? – Pergunta a delegada incrédula.

__ Fomos um grupo bem unidos na época. Nós ríamos, o isolava, até piadas de mal gosto. E, em um certo momento, por medo dele nos denunciar, mandamos o espancar. No fundo, não queríamos, mas acabei fazendo parte disso. – Olhando para o chão Deivid esclarece algo ainda mais chocante.

__ Deivid sabe o quanto isso é muito sério? Acho que não né! Como se sentiu ao fazer isso, ou melhor como se sentiram? – Questiona Gabi com uma expressão grave.

__ No momento acredito que todos aliviados, mas depois comecei a me sentir muito mal, eu juro. Anos, e anos isso me atormentou e a todos os demais também, assim acredito. – Desabafa o amigo aos prantos.

__ E como sabe que isso ainda te afeta? – Perplexa devolve mais uma pergunta, Gabi.

__ Porque, quando recentemente soubemos que Red armou pra cima de mim para vir parar aqui pelo seu atentado, ou seja, envolvido em algo mais grave, tudo mudou. Gabriel sempre comentava que ele poderia ser uma suspeita. Agora, também tenho essa impressão. – Revela olhando aos olhos de Gabi, que registra tudo.

__ Gabriel! É claro, faz sentido. Ele sempre foi muito esperto, mas porque Gabriel desconfiava de Red? O que mais você sabe Deivid? A hora é agora de falar. – Confronta a delegada mais uma vez, surpresa.

__ Não muito, só que ele sabia e não voltava atrás. Ninguém desconfiava, até porque Red sempre demonstrou gostar da Sara e de todos, talvez por ter mudado também a aparência. O que pode explicar isso é tudo o que fizemos com esse garoto do passado, o fato dele ter voltado querendo vingança. É apenas uma teoria, não acha? Logo em seguida Gabriel desapareceu. – Continua Deivid um pouco nervoso pela situação.

Pensativa Gabriela começa a ligar os pontos e esclarece seu ponto de vista para Deivid.

__ Obrigada Deivid, isso muda tudo. Realmente o que você me disse pode ter tido consequências graves. Bom, pelo visto, está mesmo disposto a colaborar com a investigação, certo?

__ Sim, sim. Eu quero ajudar no que for possível para acabar com esse pesadelo. Acredito que Sara e todos nós já sofremos demais para não ter nenhuma resposta. – Conclui ele indignado e arrependido.

__ Já é um bom começo Deivid. Vamos começar a trabalhar juntos para esclarecer isso tudo! Eu te prometo. – Afirma Gabi determinada sorrindo levemente para ele.

Sara atordoada com as mentiras do pai sobre o seu segredo revelado, sai de casa e resolve tomar um café, numa lanchonete chamada Cheiro de Grão, onde o cheiro do café se misturava com o aroma de pão quente. Sua mente está longe, perdida em seus pensamentos. Enquanto ela se senta, observa uma mulher elegante, com um olhar que parece conhecer segredo. Algo na expressão dela a atrai, como se Sara já tivesse a visto antes.

__ Desculpe! Mas você me lembra a alguém... Isabel! Você a conhece? – Aproxima ela da mulher surpreendendo-a.

Asena ergue os olhos com um descontentamento atravessando seu rosto, mas desconversa.

__ Isabel? Perdão, mas não, não a conheço. Por que?

__ Ela era uma conhecida por mim e meus amigos, mas recentemente ela se foi. – diz Sara com dor e continua “era uma pessoa cheia de vida, mas o que aconteceu foi devastador”.

__ Sinto muito pela sua perda. – Responde Asena engolindo em seco, tentando manter a voz neutra.

__ Desculpe! Te assustei, não é? Não queria deixá-la constrangida. É que com tudo que tenho passado, a lembrança dela... só veio a mente.

Um silencio carregado toma conta da situação entre elas. Asena sente o peso da conversa, ainda que saiba que a conexão entre elas é mais profunda do que Sara imagina. Asena tenta consolar a conhecida.

__ As vezes as lembranças podem ser pesadas, mas não se culpe, elas podem ensinar também a como valorizar a vida. – Responde buscando um caminho para sair do assunto.

Sara absorve as palavras percebendo que de alguma forma, Asena entende sua dor. Asena sorri, um sorriso triste, mas acolhedor e adverte.

__ Moça a vida tem dessas surpresas, e nem sempre sabemos enfrentar, mas sozinha nunca estamos, lembre-se disso.

As duas então conversam sobre suas vulnerabilidades, mas Sara mesmo em meio à confusão, sente que encontrou na conhecida um conforto, que embora familiar, continua um mistério.

NRD
Enviado por NRD em 25/11/2024
Reeditado em 11/12/2024
Código do texto: T8205343
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