Noite
Vejo o pôr do sol
Vejo a mim mesmo
Estou tão só
O anoitecer nunca muda
O sol queimando
Brilhante e violento
Eu penso em mim
Na vida, no mundo
Me sinto tão só
Meus pensamentos me aprisionam
Fantasmas nascem a todo o momento
O silêncio me consome
Tudo é tão normal e distante
Vejo luzes se apagando
Sombras que me arrastam
Para uma noite sem fim
A escuridão, o silêncio, os fantasmas
Esses sempre sabem
O quanto estou tão só
Ao me ver comigo mesmo
Nos vales misteriosos
Chuvas venenosas trazem o medo
São águas da morte
Nesta terra amada
Que me devora lentamente
A noite sabe do seu fim
Mas no seu íntimo, quem sabe?