Ensaio de Vida

Posso classificar que vivo ainda um arremedo, um ensaio da minha própria existência...

Quem, afinal, vive em plenitude total?

Momentos de felicidade momentânea, de sofrimento duradouro...

Uma tristeza eterna e uma dúvida persistente.

Alguém, por gentileza suprema, poderia me explicar o que estou exatamente a fazer aqui?

Depressiva, obcecada... nem sei se existo, mas já fui classificada!

Irônico de certa forma... ao menos dá o que pensar, aos filósofos de plantão...

Que, aliás, tendo algum palpite, favor enviar a esta que vos escreve...

Por que, exatamente, abro meus olhos, dia após dia? Afinal, o velho papo do amor eterno e "viveram felizes para sempre" não me convence mais...

Sou humana, preciso de algo palpável, ó Deus!

E definitivamente, preciso abrir mão de um pouco da minha ironia, e respeito aos religiosos de plantão...

Espero eu que mencionar o nome de Deus em vão, além de pecado, não tenha passado a ser crime também...

Já que minha alma se encontra devidamente empenhada ao tinhoso, pelo menos por aqui quero viver em paz... (viver?ok... existir)

Enfim, apenas um despejo de sentimentos sobre as teclas à minha frente...

Numa era tão informatizada, você se sente meio "careta" ao se utilizar de algo não digital... meu pobre lápis se sentiu tão inferiorizado!

Foi trocado por uma série de botões com símbolos desenhados... até minha bizarra caligrafia foi padronizada...

É, acho que preciso agora abrir mão do uso das reticências e começar a padronizar a mim mesma... será que assim acharei um sentido para o que eu chamo de existência?

Algum dia, deixarei de narrar meus ensaios, e prometo que trarei um relato da peça final.

sweeetygirl
Enviado por sweeetygirl em 25/05/2005
Código do texto: T19745