CONTINUAR VIVENDO
 
Bilhões de planetas, trilhões de anos se foram, outros trilhões de trilhões de anos estão por vir, meus 70 ou 80 anos estão a meio caminho, muito pouco tempo mesmo... Vale brigar pelo desconhecido? Vale viver buscando o impossível quando o possível já é tão complicado? Entre tantas vidas, aqui ou em outros “ares”, teria eu a importância dos deuses, ou melhor seria a importância que eu mesmo me dou? Então vou eu mesmo trilhando meu caminho, respeitando seu caminho, nossos caminhos, até que a verdade apareça ou a morte confirme minha descrença. Seja como for, acredite eu ou não no vermelho, preciso continuar vivendo, mesmo que o vermelho me pareça azul, mesmo que você me condene a um instituto de cegos qualquer.
 

PS. Penso assim despretensiosamente porque nem sempre se pode ser indiferente as próprias dúvidas, mesmo sabendo que ninguém é dono da verdade.