Serei saudade

Não serei mais o vento que passa

Nem nuvem passageira

Serei brisa suave

A tocar o rosto das pessoas

Acariciar a pele

Serei o pólem da flor que se transforma em mel

Quero enfeitar os dias

Beijar bocas

Usar palavras doces

Fazer poemas

Não serei mais ignorada

Despercebida

Por que vou ignorar quem me ignorou

Ferir quem me feriu

Sentir falta de quem me amou

E apagar da memória quem me preteriu

Serei a saudade

E essa saudade

Ah como sei!

Essa vai perturbar...