O ENIGMA DA MINHA MENTE...PARTE 1

Passei a refletir como ser humano após ter entendido a minha própria razão de ser, que era simplesmente o fato real de estar “aqui”, ou pensar estar.

O problema é que na derradeira existência, o conhecido “aqui” parece um acaso abstrato e inócuo sem qualquer explicação.

A perfeição da mente não existe e por isso, não podemos explicar o que não podemos entender. Tal concepção, que já foi narrada anteriormente por grandes filósofos da nossa história só completou a idéia à época, de que viemos de algum lugar e não sabemos o verdadeiro sentido de nossas vidas.

Alguém que cria algo, cria para alguma finalidade. A evolução seria uma dessas finalidades.

Mas para que evoluiríamos no contexto de um universo que ainda não nos foi desvendado e qual a nossa participação dentro de um cosmo tão farto de mistérios?

A razão e a lógica convivem com o pensamento humano sem sequer dar explicações plausíveis sobre as suas conclusões, pois o que realmente existe ao nosso redor é uma criação visível, porém utópica que promove na mente de quem percebe e analisa algo, ilusões totalmente diferentes.

Vivemos sob a concepção de que nunca criamos e simplesmente transformamos o que já existe na natureza. Discordo de tal entendimento visto que se a natureza tem aspectos reais, estes só sobrevivem pela ação de nossos pensamentos. E os pensamentos que criam outras ilusões como os super-heróis por exemplo, que não são reais porém, projetam-se em nossas vidas no sentido ético e moral e podem ser ilustrados, mesmo que fantasticamente. De onde os transformamos? Já existiam?

O belo para uns pode caracterizar o feio para outros, e isso não significa que ambas as pessoas tem gostos diferentes. Pode significar que a visão do que se referem é que é diferente dando margem a uma inversão projetiva sobre a forma vista. A vida do lado de cá é complicada.

A filosofia, embora complexa e abordada por pouco corajosos, habita a mente e o coração sofrido do homem que está em constante busca pela descoberta de sua real imagem. A sua curiosidade milenar chega a ser doentia a ponto de não conceber o fato de viver a vida sem que esta esteja banhada de mistérios sobre a própria existência.

O que somos então, senão um veículo confuso de informações sobre uma realidade que não conhecemos a fundo, que não conseguimos habitar senão como hóspedes passageiros?

Talvez o próprio mundo não entenda a nossa curta passagem pelo seu campo real por ser ele apenas um das etapas de nossa estada.

O que já fomos ou onde estivemos, e o que seremos ou onde estaremos daqui a pouco?

O que não percebemos visual ou auditoriamente, os cheiros que não sentimos, o que não tocamos e o que não degustamos ainda assim existe no mundo. Fazemos simplesmente parte.

Se não está ao nosso alcance deixa então de ser real?

Só será real quando estiver em nossas mãos em todos os aspectos?

Deixará então o "aqui" de ser algo abstrato?

Continua...

O Guardião
Enviado por O Guardião em 26/09/2006
Reeditado em 16/02/2009
Código do texto: T249549