ESTRANHOS MUTANTES VIRTUAIS!

A imagem que faço de ti e de mim, não é real

É algo assim: Transcendental e às vezes surreal

Por maior que seja meu conhecimento de ti e de mim é duvidoso

Pois detenho apenas fragmentos de sentimentos conscienciosos

Minha consciência de ti e de mim é imaginaria abstrata...

Nada comprovável em laboratórios ao uso da experimentação

Minha racionalidade de ti e de mim provém da irreal interpretação.

E por isso me abstenho a dar um parecer de palpável conteúdo

O que eu sei de ti, o que sei de mim não é verdade absoluta

Valho-me apenas de impulsos e intuições nada resolutas

Porque humano inexato e errôneo é meu pensamento

Mutável como o é o clima, o luar, o tempo em movimento

O que hoje penso de ti e de mim é vasta especulação

Instável flutuação dos sentidos, se porventura chegar a pensar

Não possuo outro poder de captar que o de te admirar

Que o que penso de ti e de mim sai apenas da inspiração

Sendo mera verdade, serei o mais tolo “Deus” vestido de arrogância.

Apenas empresto-lhe a impetuosidade poética de minhas palavras

Não sendo assim distorcerei a veracidade dos meus sentimentos

E apenas sentirei à fria distorção do meu ilógico pensamento

Por gerar em ti e em mim o mesmo misticismo dos ídolos

Andrógenos trajados e mascarados de aberrantes inumanidades.

Duo: Lufague e Hilde