Uma porta aberta para mudanças.

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de pouca remuneração, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, na maioria das vezes, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

O amor por ensinar é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Nós professores, não podemos descuidar da nossa missão de educar, nem desanimar diante dos desafios. Pois, fundamentando-me no grande pai da Educação de Jovens e Adultos, Paulo Freire (1985); se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. Precisamos de educadores com garra, com força de vontade para mudar o quadro educacional do Brasil. Queremos jovens nas escolas, porque sabemos que a Educação é a chave para mudança, é uma porta aberta em qualquer situação.

A educação, hoje, vive um momento de transição. Na era da globalização, é preciso modernizá-la, afastar de nossa sala de aula o aprendizado convencional. A criança e o adolescente pedem uma educação escolar mais atuante, mais comprometida com suas experiências, uma educação que ofereça meios de escolha por parte do educando, para alcançar o objetivo final: um aprendizado seguro e eficiente, integrado à realidade do mundo atual.

O aluno precisa ter a oportunidade de participar ativamente da sua educação, construindo suas próprias formas de conhecimento ao longo do tempo. Cada tentativa ou hipótese realizada representará sua busca insistente de interpretar o mundo e de se descobrir como parte integrante dele. Todas essas descobertas e experiências ajudarão na formação de um indivíduo completo, sem que deixe de viver cada fase de sua vida, ao seu tempo.

Assim, tornar-se-á um adulto capaz de atuar e modificar a realidade que o cerca e isso só é possível ser feito, se tivermos educadores que saibam educar para vida, para o mundo fora da escola e não ensinar apenas as questões que caem em uma prova.