E assim me encontrei...

Talvez fosse um dia de chuva qualquer, não sei... para mim não fazia diferença.

Fitava o horizonte úmido, olhava o nada pintado de cinza e sempre com aquele sentimento.

Talvez vazio, descrença, perda, solidão, saudade, não sei... para mim não fazia diferença.

De repente algo chama minha atenção: Um pequeno ponto solto ao mar.

Talvez alguém à deriva.

Talvez precisassem de ajuda, não sei... para mim não fazia diferença.

Aos poucos percebi que era um pequeno barco. Dentro dele parecia ter alguém acenando, gritando, desesperado... mas para mim não fazia diferença.

Logo percebi que sim, eu conhecia quem estava no barco! Fiquei preocupado.

Pedi a Deus que trouxesse aquela embarcação de volta.

Mas tive medo, pois achei que para Ele aquilo não fazia diferença.

Mas lentamente ela rumou em minha direção e o barco atracou em segurança.

E para minha surpresa, realmente era ela: A minha alma.

Navegando há dias... vindo em meu socorro.

E ela me disse: Só consegui me orientar depois de ouvir seu corpo clamando o nome Dele.