ATÉ QUANDO?

Ando sozinha pelas ruas

Acompanhada pela solidão

Que de tão presente em meu peito

Já faz parte do meu coração.

Ouço ao longe uma voz que chama

Que clama, que grita e desespera,

Paro e vejo

Que sou eu mesma a minha espera.

Olho para meu reflexo

E me penalizo com o que vejo

Face enrugada,

Olhos sombrios,

Costas cansadas.

Até quando serei espectadora

De minha própria morte,

Declamada e anunciada

Nas linhas da minha poesia?