Desabafo...

Falar de mim é como tirar a roupa para quem eu não quero

Espero, insinuo que não quero, enfim, logo trelo...

O que você quer saber de mim?

Eu não tenho nada para dar

Só sou uma pessoa, de boa, sem recursos e meio a toa!

Meu cerne reverbera ausência daquela essência

Recitava que amava...

O destino me apresenta e Deus me castiga, filho da figa

Me explica, por quê essa pica???

Pico-te os excretos dos meus dialetos e me meleco (eco)

Aparento mínima idade, com teimosias e vaidades

Achei estar orgulhoso, mas vi que era mecanismo de defesa

Enquanto o botão de deletar desemperra

E desemperra! Desemperra... Porra, desemperra???

Na minha cabeça uma canção (por enquanto)

Palavras pesadas que latejam na minha frustrada concepção

Sei não, não to deprimido, mas não to ativo, ainda to vivo!

Que porra é essa? Que merda é essa?

Eu achava que me controlavam... O vôo é mais alto mas é mais frio

Bato asas sozinho, em direção de ninguém... perdi meu ninho!

Aí, quem está lendo pergunta: E agora seu moço?

SE EU SOUBESSE NÃO TAVA TE CONTANDO SEU CORNO!!!

Ta satisfeito?

Não me pergunte mais nada não

Deixe-me comer minhas farpas, afiadas para espetar a minha miséria

Se o destino é um menino, eu germino em algum ventre...

Mas que menino filho da puta!

Lucaçaí
Enviado por Lucaçaí em 13/06/2011
Reeditado em 13/06/2011
Código do texto: T3032893
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.