Desabafo...
Falar de mim é como tirar a roupa para quem eu não quero
Espero, insinuo que não quero, enfim, logo trelo...
O que você quer saber de mim?
Eu não tenho nada para dar
Só sou uma pessoa, de boa, sem recursos e meio a toa!
Meu cerne reverbera ausência daquela essência
Recitava que amava...
O destino me apresenta e Deus me castiga, filho da figa
Me explica, por quê essa pica???
Pico-te os excretos dos meus dialetos e me meleco (eco)
Aparento mínima idade, com teimosias e vaidades
Achei estar orgulhoso, mas vi que era mecanismo de defesa
Enquanto o botão de deletar desemperra
E desemperra! Desemperra... Porra, desemperra???
Na minha cabeça uma canção (por enquanto)
Palavras pesadas que latejam na minha frustrada concepção
Sei não, não to deprimido, mas não to ativo, ainda to vivo!
Que porra é essa? Que merda é essa?
Eu achava que me controlavam... O vôo é mais alto mas é mais frio
Bato asas sozinho, em direção de ninguém... perdi meu ninho!
Aí, quem está lendo pergunta: E agora seu moço?
SE EU SOUBESSE NÃO TAVA TE CONTANDO SEU CORNO!!!
Ta satisfeito?
Não me pergunte mais nada não
Deixe-me comer minhas farpas, afiadas para espetar a minha miséria
Se o destino é um menino, eu germino em algum ventre...
Mas que menino filho da puta!