Tudo ou Nada?!
Hoje acordei cansada de mim mesma.
Sinto-me num mar bravio que arrebenta tudo.
Trago correntezas dentro de mim, sem nortear pra onde irão. Sinto um vazio em minha cabeça, nada entra, nada sai, mas tudo é uma turbulência. Pensamentos purulam até pelos meus olhos.
Minha vida parece mais uma sátira do que poderia ser, mas sou exatamente o que sou. Entro em inconformismos comigo mesma.
Por quê?
Meu olhar se perde em horizontes da minha mente, nem sei ao certo o que penso, só sei que penso e por isso existo, na verdade "sobre existo" na inquietude, na voracidade, nas minhas próprias interpretações.
Esses intermináveis momentos são reflexos de mim.
Falar? Pra que? Pra quem?
Não consigo falar de mim, do que sinto agora.
Só me perco em minhas idéias, em meus atos... Será que há atos??
Não consigo verbalizar os meus sentimentos.
A inquietude fervilha.
Ao mesmo tempo, a mansidão existe.
E é um conflito eterno entre nós.
Eu, a inquietude, e a mansidão.
Acho que na verdade eu sou isso tudo,
E isso tudo pode não ser nada.