Perdendo de Viver

Às vezes me pego pensando em quantos sonhos navegamos e nos perdemos... em quantas vezes planejamos viajar, jantar fora, ir ao cinema e não vamos...

Em quanto tempo perdemos nos preocupando com coisas pequenas, que interferem em nossos sonhos, nossas metas e objetivos.

Nesse meio, nos perdemos entre selvas de pensamentos obscuros, que nos fazem perder o rumo que verdadeiramente gostaríamos de dar ou de ter dado em nossa vida.

Quantas bocas deixamos de beijar esperando o momento ideal, tantas músicas deixamos de dançar porque achávamos que não estávamos em plena forma... Quantas sobremesas deixamos de deliciar por que no espelho nós não estávamos nos padrões que a moda nos coloca.

Deixamos de fazer tantas coisas, de navegar em tantos mundos...

Deixamos para amar depois, para viver depois, para sorrir depois...

Mas depois? Depois finalmente de que?

Nem nós sabemos.

Quantas vezes deixamos de dizer “eu te amo” por qualquer motivo?

E tantas outras de beijar na chuva com medo de adoecer...

Se pararmos para pensar mesmo, deixamos de fazer tantas coisas, que no fundo não vivemos nem um terço do que merecíamos ter vivido, ou planejamos ter vivido.

Será que você vai esperar pelo dia em que vai dizer que poderia ter beijado, poderia ter dançado, poderia ter experimentado...? Não espere por esse dia para se corroer de remorso por não ter feito nada disso, ou ter feito sem a intensidade necessária a cada momento, simplesmente se dê uma chance para viver, e faça.

Com certeza você um dia parará e dirá que foi bom ter vivido, e verá que valeu à pena.

Se dê essa chance, viva. Mas viva intensamente.