COMO SE BEBIDO, OU BÉBADO, TIVESSE

Quase setecentos textos e ainda me vejo embriagado nas teses malucas de um Cover do Raul Seixas, um imitador barato do sarcástico Peter Sellers ou simplesmente o revoltado "meu eu" interior. Seja como for, isso tudo é uma puta loucura.

A vida varreu para de baixo do tapete algumas lindas poesias, muita inspiração e pouca vendagem, meu deus ninguém sabe o que é isso, linguagem ultrapassada que os nerds de antigamente insistem em criar, que abram, poetas, seus corações e serão guardados no berço do esquecimento. Um hino sem sentido, um revolta e auto-afirmação, uma careta e muito pouca idade e os computadores estarão a serviço da ignorância, estúpidos meninos, sem limites para a própria vida, morram na guerra da sobrevivência e apodreçam nas memórias dos drives obsoletos, porque a fila anda burrinhos da mamãe. Vou continuar me negando a absorver a fúria sexual dos castrados, aqui o mundo mete, mas não compromete, as camisinhas são coloridas e bordadas a mão, as mesmas que as utilizarão, ajudadas, é claro, por algumas línguas oportunistas. Viva o novo, mesmo que mais velhos que as feministas, que, aliás, não queimam mais sutiãs, pelo contrário, ignoram-os, assim como aos homens, resolvam-se sozinhas, mas pelo bem da humanidade, deixem alguns entrarem, pobres espermatozóides. Não falei mais da poesia, porque se converteram, em nome do profeta, e hoje são lendas esculpidas em bambu e apresentadas nos mármores cercados deflores, corôas de flores. Saudades eternas.