Punição

Não sou mais uma menina

Mas é como se fosse

Não existisse o espelho

Tudo estaria perfeito.

A esperança que anima

Também pune feito açoite

Apesar do alerta vermelho

Que ceifa, como foice,

Não afasto o desejo do peito.

Coisas que fiz ficam para traz

Sinto saudades do que jamais terei

Cortei laços, acabei com a paz

Criei a turbulência no mar que mergulhei

A procura de pérolas vãs

Que não produzem qualquer efeito

Tampouco garantem novos amanhãs.

Apenas imagens na neblina:

De uma senhora e seus sonhos desfeitos!

Elizete, Foz do Iguaçu, 10.11.11

LISA MANTOV
Enviado por LISA MANTOV em 08/01/2012
Código do texto: T3429728
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