A arte de escrever

A arte de escrever

A solidão do ato de de escrever

atrai infinitas multidões subjetivas e coletivas

à medida que toda palavra adâmica

nomeia o homem, que nomeia o objeto

a partir do que mais homens se cercam.

O ato de escrever põe nas letras

a experiência do prazer e do sofrer

como ondas viciosas irresistíveis.

Impossível impedir que a impulsiva solidão

invada cada alma fazendo-a pensar e

viver de forma intensa e possessiva

como uma manhã a florescer.

Quando escrevo sinto, não silogizo.

No cosmo apenas a voar a alma e seus pensamentos,

intuitivos pássaros nos céus fraseando

que escrever é adaptar-se ao inadaptável,

é vencer sonhos, é pactuar com a comodidade da alma,

é revelar-se, é amar.

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 01/12/2012
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