E A VIDA CONTINUA!
Perguntaram-me como estavam as coisas comigo depois do falecimento da minha avó. E eu respondi que estavam bem. E me disseram: na medida do possível? E diante disso comecei a pensar no possível, na medida, no tudo.
As coisas ficam bem na medida do possível? Ou sem medida? Simplesmente seguem? E um monte de devaneios tomou conta de meus pensamentos, traduzindo em letras e palavras o conteúdo interior que trago comigo.
A vida sempre continua apesar dos nadas de cada um, da solidão de outros, da dor que cada um sente ou do desamor de tantos.
O tempo não para, a vida não cessa... Nem quando morremos porque na verdade só mudamos de lugar, deixando para trás a roupagem do espirito.
Tudo sempre vem quando tem que ser, na naturalidade de cada ato, de cada fato.
Nada é desmedido e sem razão; nem a solidão, nem a morte.
Nós é que não vemos a realidade que descortina diante de nossos olhos.
A vida é sopro, a vida é sempre um ir... Um encanto que passa no desencanto da perda, mas ela não acaba, nem se expira... Só se transforma, muda de lugar.
E o que parece inaceitável para nós, na realidade tem explicação, tem uma razão de ser... Tudo é aprendizado, tudo é renovação sempre e faz parte do nosso eterno.