E A VIDA CONTINUA!

Perguntaram-me como estavam as coisas comigo depois do falecimento da minha avó. E eu respondi que estavam bem. E me disseram: na medida do possível? E diante disso comecei a pensar no possível, na medida, no tudo.

As coisas ficam bem na medida do possível? Ou sem medida? Simplesmente seguem? E um monte de devaneios tomou conta de meus pensamentos, traduzindo em letras e palavras o conteúdo interior que trago comigo.

A vida sempre continua apesar dos nadas de cada um, da solidão de outros, da dor que cada um sente ou do desamor de tantos.

O tempo não para, a vida não cessa... Nem quando morremos porque na verdade só mudamos de lugar, deixando para trás a roupagem do espirito.

Tudo sempre vem quando tem que ser, na naturalidade de cada ato, de cada fato.

Nada é desmedido e sem razão; nem a solidão, nem a morte.

Nós é que não vemos a realidade que descortina diante de nossos olhos.

A vida é sopro, a vida é sempre um ir... Um encanto que passa no desencanto da perda, mas ela não acaba, nem se expira... Só se transforma, muda de lugar.

E o que parece inaceitável para nós, na realidade tem explicação, tem uma razão de ser... Tudo é aprendizado, tudo é renovação sempre e faz parte do nosso eterno.

Sonia Murbach
Enviado por Sonia Murbach em 12/07/2013
Código do texto: T4383116
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