MÃOS LAVADAS!

E lava-se as mãos como Pilatos o fez. Entrega-se o que não se pode resolver.

Num mundo conturbado onde opiniões se divergem o tempo todo, nem sempre se pode resolver a questão. E a grande questão é o que se faz quando nada se pode fazer.

O que fazer quando sentimentos e querer vão na contra mão do pensar da maioria?

Que fazer quando a nota não alcança o tom ou o tom não alcança a nota?

Que sentido faz em pensar ou tão somente pensar no sentido, se sentido não há?

O que buscar numa vastidão enorme de pensares quando o pensar é tão único?

É assim o pressuposto de tudo ou o tudo é pressuposto?

E é normal sempre lavar as mãos e deixar tudo simplesmente ir? Tocar avante como se tudo fosse normal? Ou será tudo anormal e fora de lugar?

E qual é o sentido de tudo?

Isso tudo é viver?

O que é viver?

É deixar tudo ir ou deixar tudo ficar?

É seguir sem sair do lugar?

É deixar que cada um viva sua dor, seu amor, sua flor?

É... Então chegamos ao mesmo lugar: lava-se as mãos como Pilatos o fez, faz ainda hoje e sempre o fará!

Sonia Murbach
Enviado por Sonia Murbach em 15/04/2014
Código do texto: T4769816
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