A RAZÃO SE RENDE AO ESPÌRITO

Stephen W. Hawking é o expoente maior dos astrofísicos teóricos da atualidade, e professor catedrático na Universidade de Cambridge, onde ocupa a cadeira anteriormente ocupada por Isaac Newton, e também, autor dos livros “Uma Breve História do Tempo” e “O Universo Numa Casca de Noz”. Vejamos apenas alguns textos extraídos desses livros, transcritos a seguir.

Uma Breve História do Tempo - página 32: “Portanto, caso se acredite que o universo não é arbitrário, mas sim governado por leis definidas, será preciso, em última análise, combinar as teorias parciais numa outra, completa e unificada, capaz de descrever tudo no universo. Existe, entretanto, um paradoxo fundamental permeando esta procura. As idéias esboçadas acima sobre as teorias científicas supõem que somos seres racionais, livres para observar o universo como quisermos e construir deduções lógicas a partir do que tivermos percebido. Em tal esquema, é razoável supor que devemos fazer progressos gradativos em direção ao alcance das leis que governam o universo. E, se de fato há uma teoria completa e unificada, ela provavelmente determinará também as nossas ações. Assim, a própria teoria determinaria o resultado de nossa busca neste sentido!” Páginas 87 / 88 / 89 – “(...) o princípio da incerteza de Heisenberg é uma propriedade fundamental e inescapável do mundo. O princípio da incerteza teve profundas implicações na forma de percepção do mundo que, mesmo ultrapassados cinqüenta anos, ainda não foram completamente examinadas pelos filósofos e se mantêm na pauta de muitas controvérsias. O princípio da incerteza assinala o fim do sonho de Laplace de uma teoria da ciência, um modelo de universo completamente determinístico; não se pode certamente prever eventos futuros com precisão, uma vez que também não é possível medir precisamente o estado presente do universo! Podemos ainda imaginar que exista um conjunto de leis através das quais os eventos sejam determinados por algum ser sobrenatural, que pode observar o atual estado do universo sem modificá-lo. Entretanto, esses modelos de universo não são de muito interesse para nós, simples mortais. (...) A mecânica Quântica, portanto, introduz um inevitável elemento de imprevisibilidade ou casualidade na ciência. (...) As únicas áreas da física às quais a mecânica quântica ainda não foi adequadamente incorporada são a gravidade e a macroestrutura do universo.”

O Universo Numa Casca de Noz – página 85

“Se as histórias do universo no tempo imaginário forem realmente superfícies fechadas, como Hartle e eu propusemos, isso trará conseqüências fundamentais para a filosofia e para a visão de nossa origem. O universo seria totalmente autocontido; ele não precisaria de nada externo para dar corda no mecanismo e colocá-lo em funcionamento. Ao contrário, tudo no universo seria determinado pelas leis da ciência e por lançamentos de dados dentro do universo. Isso pode parecer presunção, mas é no que eu e muitos outros cientistas acreditamos.”

O conhecimento do ser humano é bastante dinâmico. Nascemos apenas com as nossas potencialidades e, no curso da nossa vida, no lar, nas escolas, no trabalho, no inter-relacionamento social e no próprio empenho pessoal, mais acentuado em alguns, menos em outros, vamos acumulando nossos conhecimentos que se multiplicam pelas conexões e associações que vão ocorrendo nas nossas atividades. Com isso, vamos construindo os nossos conceitos e as nossas convicções, mas precisamos ser cuidadosos quanto a converter nossas convicções em ensinamentos para outras pessoas, sem aguardar o tempo necessário para que elas amadureçam, se consolidem e mereçam, portanto, um elevado grau da nossa própria confiança. Quando, inadvertidamente, às vezes até por arrogância, nos apressamos em colocá-los à disposição de outras pessoas, podemos tropeçar nas nossas próprias palavras, como aconteceu com o Stephen W. Hawking.

No seu primeiro livro, mais jovem, mais impetuoso e menos experiente, supervalorizando a racionalidade e a si próprio, ele menospreza a filosofia autêntica, descarta Deus e valoriza a filologia e os supostos conhecimentos racionais relativos ao universo, que na verdade são apenas teorias, totalmente improváveis. Nessa época, ele considerou como incompatíveis, o determinismo absoluto proposto pelo Marquês de Laplace e o princípio da incerteza de Heisenberg, qualificando aquele, como um sonho de Laplace, que foi anulado por este, que considera uma propriedade fundamental e inescapável do mundo.

Ocorre que, entre o primeiro e o segundo livro, mais de uma década se passou, e embora ele não o faça claramente, como deveria, eis que ele agora se contradiz, ressuscitando a teoria do determinismo científico de Laplace, quando ele afirma que acredita em um universo de superfícies fechadas, totalmente autocontido, com funcionamento independente, onde tudo está predeterminado, incluindo também as nossas ações, no que acreditam também, muitos outros cientistas. Portanto, resta agora a Stephen W. Hawking, e a esses outros cientistas, apenas reunir coragem para, assim como fez seu brilhante colega Francis Collins, admitir Deus, converter-se publicamente ao Cristianismo e colaborar com sua influência, para o grande derramamento espiritual destes últimos dias.

Acreditamos que isso deverá ocorrer por parte de Stephen W. Hawking, no qual se pode perceber um elevado grau de sinceridade. Neste caso, ficamos imaginando a situação dos idólatras da racionalidade, que o são sem saber por que. Certamente, completamente desnorteados, não saberão o que fazer, pois a coragem e a sinceridade não são abundantes na espécie humana. Talvez pudessem começar, apagando as tolices que escreveram, circunscrevendo e restringindo a ignorância, exclusivamente para si próprios. Se conseguirem reunir a coragem e a sinceridade necessárias, devem fazer o mesmo que Francis Collins fez e que S. W. Hawking, muito provavelmente, fará nos próximos dias. Converter-se.

Atos 1;21 – E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.