Os ataques terroristas que Paris sofreu chocam.
 
O terror, fazendo tombar a vida de pessoas inocentes, sempre chocará.
Morrer dessa forma, sem nada dizer ou realizar que justifique qualquer reação, parece injusto demais.
 
As vítimas choram, lastimam, questionam os porquês...
 
Jamais pretendendo possuir as respostas do Alto, podemos ousar sondar algumas explicações terrenas.
 
Num instante tão sério e grave, seria bom contar com uma imprensa independente, sustentada por uma autêntica imparcialidade, porém isso não acontece.
 
Há um discurso padrão no qual ressaltam a eterna luta que o bem e o mal protagonizam.
O lado de lá traria os cruéis vilões, no lado de cá corajosos mocinhos e mártires insistindo em tentar derrotar os inimigos impiedosos.
 
A verdade não permite tamanha ilusão nem aceita idéias tolas.
 
Infelizmente os poderosos, aqueles que comandam e impõem as leis, os líderes mundiais, perderam a inocência há muito tempo. 
Existe um forte jogo de interesses, uma ganância doentia, um desejo maquiavélico de dominar o planeta motivando as atitudes dos EUA e seus aliados.
Eles não objetivam ver a paz no Oriente Médio.
Tantas batalhas, guerras e mortes fomentam, estimulam e sustentam.
 
Desestruturar a região, desfazer os laços, quebrar o sentimento fraternal é o primeiro passo.
Depois adentrar, tomar conta de tudo, definir as regras e desfrutar os "tesouros" resumiria os passos da segunda etapa.
O terrorismo, várias vezes, funciona como pretexto para que invadam, ataquem, destruam preciosos patrimônios culturais da humanidade.
 
Eis a triste verdade, bem diferente do papo furado que escutamos.
 
Sobre os últimos ataques, claro que nós estamos chorando os mortos, lastimando as dores dos feridos, abraçando solidários quem derrama nobres lágrimas, contudo seria oportuno punir todos os culpados, deletar a habitual hipocrisia, recuperar a sinceridade, sonhar construir governos e lideranças honradas.
 
Desse jeito imaginamos demais?
 
Talvez, mas Davide Martello, quando emocionou tocando Imagine, além da bela homenagem, ofereceu um recado o qual ressalta esperança, propõe transformar a vida numa alegre dança, o coração guardar a doce criança, gritar o quanto o desamor maltrata e cansa, o porvir mudar a herança, o mal sumir, virar uma antiga lembrança, aqui, ali, também na França.
 
Imagine, imagino! 
Precisamos imaginar!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 17/11/2015
Reeditado em 22/11/2015
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