BÍBLIA = LEITE PARA CRIANÇAS (JACÓ) E PÃO PARA ADULTOS (ISRAEL)

Este texto destina-se aos Leitores que apreciam examinar os conhecimentos improváveis, que são os de maior complexidade, sejam eles racionais ou espirituais, nos quais gostam de se aprofundar, para construir com total independência, as suas próprias convicções. Eles costumam verificar os detalhes, cavando bem fundo, o que nos leva a crer que, certamente, terão a Bíblia a seu lado, para examinar, no ato da leitura do texto, os parágrafos e versículos correspondentes, sem o que a sua compreensão será bastante dificultada. Assim sendo, eles mergulharão na substância das palavras, e acionarão suas reflexões para absorver os respectivos conteúdos: o racional até o limite intelectual de Jacó; o espiritual conforme os dons de Israel, que pelo espírito, eventualmente, poderá perscrutar até mesmo as profundezas de Deus. (I Coríntios 2:10)

Hebreus 5:11 – Sobre isso, temos muitas coisas que dizer, embora difíceis de explicar, porque vos tornastes vagarosos para ouvir. 12 – De fato, embora vós já devêsseis ser mestres agora, ainda precisais que alguém vos ensine de novo os princípios elementares da palavra de Deus, sendo que vos tornastes necessitados de leite, e não de alimento sólido. 13 – Qualquer pessoa que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança. 14 – Mas o alimento sólido é para os adultos que, pela prática, têm suas faculdades morais exercitadas para discernir tanto o bem como o mal. 6:1 – Assim, deixando os aspectos elementares do ensino de Cristo, prossigamos para o aperfeiçoamento, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, 2 – o ensino sobre batismos, imposição de mãos, sobre a ressurreição dos mortos e o juízo eterno.

A Bíblia é quase que inteiramente constituída por metáforas, parábolas, simbolismos e fábulas históricas, que em conjunto, estabelecem uma proposital “cortina de fumaça”, que o Apóstolo Paulo chama de “véu de Moisés”, conforme (II Coríntios 3:13 a 16 e 4:3 a 7), e que também são explicitamente denominadas como “fábulas e genealogias” em (II Pedro 1:16 / I Timóteo 1:4 / Tito 1:13,14) com as quais não devemos nos ocupar, e isso fica ainda mais claro examinando (Mateus 13:10 a 17) onde o próprio Jesus Cristo esclarece porque somente fala através de parábolas. A literalidade da Bíblia, ao contrário da substância do seu real conteúdo, está ao alcance de qualquer pessoa medianamente alfabetizada, e sobre essa literalidade as astutas denominações teológicas edificaram as suas respectivas redes de supermercados da fé, explorando maliciosa e avidamente, as humildes “ovelhas”, que são subnutridas intelectualmente, até por conta das deliberadas intenções dos governos e dessas mesmas denominações teológicas, aos quais é conveniente manter os baixos níveis culturais, cujas “ovelhas”, investidas apenas da boa fé e em grande quantidade, (são as que mais se reproduzem) lhes são úteis econômica e politicamente. (II Pedro 2:3)

Assim, para mantê-las como seus contribuintes, as denominações teológicas, que também não têm acesso aos conhecimentos espirituais que estão ocultos sob o “véu de Moisés”, repetem para as suas “ovelhas”, de forma constante e exaustiva, sempre as mesmas ladainhas caóticas, baseadas nas fábulas, genealogias e nas inúmeras histórias bíblicas, acrescentando palavras que agradam às “ovelhas” e que elas desejam ouvir. Entretanto, o acesso aos conhecimentos espirituais, que se encontram subjacentes ao “véu de Moisés”, os quais constituem a substância das parábolas, metáforas, fábulas, genealogias, simbolismos e histórias que permeiam a Bíblia, está fora do alcance da racionalidade teológica maliciosa, que por si mesma é incapaz de penetrar nas suas profundezas (I Coríntios 2:10), o que somente é possível através de uma concessão de Espírito para espírito, cuja compreensão é um privilégio do agraciado, que nem sabe porque o foi, mas tem noção de que não foi por quaisquer méritos seus, porquanto, excluídas a observância e a prática voluntária dos preceitos éticos e morais, constantes do decálogo de Moisés, e dos ensinamentos cristãos, nada mais depende do Ser Humano, pois até a fé é dom de Deus (Efésios 2:8,9), e não somos nós que escolhemos Cristo, mas é Ele que faz as escolhas (João 15:16) (Jeremias 1:5), e para aquele que escolher, Ele não falará por meio de parábolas, mas o fará abertamente acerca do Pai (João 16:25), e os escolhidos entenderão as parábolas (Mateus 13:10 a 17), e não terão necessidade de que alguém os ensine (I João 2:27), o que nos leva a perguntar: “para que servem as denominações teológicas”? (Colossenses 2:8,16,17,22,23) (Jeremias 29:8,9) (Jeremias 23:9 a 40) (Ezequiel 13:1 a 23) (Isaías 44:9 a 20 / 45:20 / 46:6,7)

Aqueles que ainda não foram escolhidos, são representados na figura de Jacó, que permanece na Primeira Aliança, o Ministério da Lei, sujeito às leis do decálogo de Moisés, sendo alimentado pelo leite, e aqueles que foram escolhidos estão representados na figura de Israel (Gênesis 32:28 / Eclesiástico 24:13) e estes, os escolhidos, são admitidos na Segunda Aliança, o Ministério da Graça, livres das leis que agora estão no seu coração, não mais nas tábuas de pedras, mas na tábua de carne, sendo alimentados pelo alimento sólido (ou a substância sob o “véu de Moisés”), cuja admissão está definida em (Jeremias 31:33 / Hebreus 8:7 a 13 / Hebreus 10:16 a 18), podendo ser percebida também em (João 16:29 a 31) e em (Atos 2:1 a 13) quando ocorreu um derramamento mais amplo do Espírito Santo por toda a Terra, o Pentecostes, nos termos de (João 14:16,17 / I Coríntios 2:14,15). Temos nestes textos a definição mais desejada. (Colossenses 1:26,27).

O Apóstolo Paulo faz uma comparação entre as duas Alianças e expõe as suas conclusões sobre a Primeira Aliança (Ministério de Moisés), de acordo com os textos: Hebreus 7:18 – Portanto o mandamento anterior (Primeira Aliança) é anulado por causa da sua fraqueza e inutilidade, 19 – pois a lei não aperfeiçoa coisa alguma e, por outro lado, uma esperança melhor é introduzida (Segunda Aliança), pela qual nos aproximamos de Deus. Romanos 3:20 –Porque pelas obras da lei ninguém será justificado diante dele, pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. A Lei existe para definir o pecado, o que foi percebido pelos juristas: (nulla poena sine lege) “não há penalidade sem lei”. O exame mais profundo das implicações entre a Lei e a Graça, pode ser desenvolvido mediante o estudo da carta de Paulo aos Romanos, especialmente nos capítulos 2 a 10, no seu inteiro teor, onde o Apóstolo nos contempla com a sua grande inspiração, cabendo-nos como leitores, a absorção do seu conteúdo, livrando-nos definitivamente das repetitivas ladainhas caóticas dos sofistas maliciosos.

Paulo prossegue em (II Coríntios 3:7 a 16) nomeando a Primeira Aliança como o “ministério da morte”, e ainda em (II Coríntios 3:1 a 16), qualificando-nos como “cartas escritas”, que se coaduna com (Jeremias 1:5) (Romanos 9:11) (Gálatas 1:15,16), indicando clara e inequivocamente em Romanos 9:11), que as escolhas são anteriores ao nascimento, pois Deus sabe o “antes, o durante e o depois”. Afinal, podemos acrescentar, como um esclarecimento adicional sobre a onisciência Divina, para desespero dos teólogos, dos astrofísicos teóricos e das denominações teológicas, que a Geração Cósmica em todo o seu desenrolar, está contida como que em um “rolo de filme”, onde todos os eventos da existência já estão gravados, incluindo os eventos que ainda não aconteceram, onde a passagem do tempo é ilusória, pois o futuro já existe neste mesmo instante, e ele, o futuro, é tão imutável quanto o próprio passado. Nesse filme, somos todos, apenas atores e atrizes coadjuvantes, nos quais o livre-arbítrio também já se encontra inserido no roteiro do filme, pois, como já vimos, somos cartas escritas (II Coríntios 3:1 a 5). O “moto perpétuo” das Gerações Cósmicas está definido de forma inequívoca e incontestável em (Eclesiastes 1:9 a 11 e 3:5). Sobre o real sacrifício do Filho, não apenas para a salvação da Humanidade, mas de um terço de toda a Geração Cósmica (Zacarias 13:8,9), podemos verificar os textos (Isaías 53:4,5,10) e (Romanos 8:32), avaliando a amplitude da Misericórdia de Deus, recuperando 33,3% para a Luz, onde se inclui Israel, (Mateus 13:43 / Daniel 12:3 / Sabedoria 3:7), e descartando 66,6% para as Trevas, incluindo Jacó, (Mateus 22:12,13 e 25:29,30) que não foi integrado ao “remanescente” nos últimos tempos..

Afinal, podemos compreender mediante o esforço do intelecto e a disposição de ultrapassar as fábulas e genealogias destinadas às “crianças espirituais”, que os fundamentos teológicos, apoiados em sofismas e ladainhas caóticas, em rituais, tradições, encenações teatrais sobre histórias simbólicas, idolatria de imagens, comércio de relíquias enganosas (Isaías 2:8), solenidades pomposas (Isaías 1:13 a 17) (Eclesiástico 18:32), preceitos inúteis (Hebreus 6:1,2) (Tito 3:9), culto à rainha dos céus e Ártemis dos efésios (Jeremias 44:17 a 19) e (Atos 19:23 a 35), servem apenas para a produção de uma grande quantidade de crenças e superstições, próprias dos gentios, como procedimentos inúteis, que são comercializados sob a síntese da fé morta, iludindo bilhões de pessoas em todo o Planeta. Como se vê em (I João 2:27) não há necessidade de que alguém nos ensine. Deus não necessita de intermediários, Ele mesmo, pela sua Misericórdia, através do Filho, Jesus Cristo e do Espírito Santo (o porta-voz de ambos) comunica-Se diretamente com os Seres Humanos, conforme a Sua vontade. A nossa parte é manter, em todas as nossas circunstâncias, a integridade ética e moral, observando os princípios de justiça e estudando com persistência as Sagradas Escrituras, porquanto, evidentemente, os desinteressados, por si mesmos, se excluem da cogitação Divina.

Com efeito, completamos agora o sentido do título deste texto, que se refere à diferença entre a Primeira Aliança, que é o ministério de Moisés (da Lei), onde se encontra Jacó, ainda no leite para crianças no espírito, e a Segunda Aliança, que é o Ministério de Cristo (da Graça), onde se encontra Israel, no alimento sólido para adultos no espírito, lembrando que se trata, respectivamente, do “Ministério da Morte e do Ministério da Vida”, e por isso recomendamos: não LEIA a Bíblia, ESTUDE-a, de preferência sozinho, ou em pequenos grupos de Cristãos independentes, reunidos na sala, na garagem, no barracão, embaixo da árvore, pouco importa, porém, sem sujeições a regras, regulamentos, rituais, solenidades e tradições de instituições humanas (Colossenses 2:8,16,17,23), sem sectarismo ou fanatismo, mas livres, na busca persistente da Sabedoria Divina, que os gregos chamam de Theosophia, observando atentamente os textos bíblicos de (II Timóteo 4:1a5) e (Tito 1:14 e 3:9). Estamos na fase final da colheita do remanescente (Romanos 9:27 / 11:5) e Jacó deve lutar com Deus, até que seja abençoado e mude o seu nome para Israel. (Gênesis 32:22 a 31)

Desejo que o Senhor ilumine o caminho de todos os Leitores, que eles façam parte desse remanescente, que lutem com Deus e mesmo mancando de uma coxa, eles todos tenham o seu nome mudado para Israel, sob a bênção de Deus.