@@ VIDA EM CORREDEIRA @@

Águas paradas...

Não gosto de águas paradas,

A não ser para agitar com braçadas

Brincadeiras e risos,

Gosto das águas que correm,

Das ondas que nos derrubam,

Das cachoeiras, corredeiras,

Dos redemoinhos

Cheios de exclamações!!!!!!

Pois vastas são minhas vestes,

Parar me confunde,

Atordoa, desabilita a viver,

Sou de escarlates recatos

Firmeza de caráter e movimento,

Desses que mexem o caldo da vida,

Que dá sabor, cheiro e cor

Admiro gente, gente de verdade

Que aje como tal,

Agarra-se à vida

Por ser esta, sua única saída

Choro por bobagem

Mas aguento firme o tranco

Pois não há reserva no banco

Gosto de inteligência

Essa que tem argumento, coerência

Entre o vulgar e a hipocrisia

Fico com o primeiro,

Gosto do autêntico

Não me admiro com nada

Povo que se veste de papel

Exibindo anel e com alma na lama

De desprezíveis falácias

Sem alegrias nem honra

Gosto das águas que correm

E de sangue que pulsa nas veias

(Taciana Valença)

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 06/06/2016
Código do texto: T5659096
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